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Produtora das novelas da TVI enfrenta descontentamento de trabalhadores

Os funcionários da produtora de conteúdos de ficção da TVI têm estado em luta por causa das condições de trabalho. Os trabalhadores reclamam quanto às horas em que exercem as funções e as condições salariais, situação que, de resto, já tinha sido tornada pública pela atriz Ana Sofia Martins.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE), tanto técnicos como outros funcionários não vão trabalhar mais que oito horas diárias.

“Mas a redução do horário de trabalho, sendo fundamental para a conciliação e respeito pela vida pessoal e familiar de cada um dos trabalhadores, não é a única questão a ser resolvida”, explica o sindicato em comunicado.

De acordo com esta entidade sindical, o período trabalho “atinge as 11 horas de trabalho, durante a maioria dos dias da semana, do mês e do ano”.

“Estes horários de trabalho são justificados pela empresa com o pagamento de um subsídio de Isenção de Horário de Trabalho, na modalidade que vulgarmente se identifica como IHT total. Ou seja, entende a empresa que a única coisa a respeitar são as 11 horas de descanso entre dois dias de trabalho”.

Porém, segundo o comunicado, esta situação “nem sempre é cumprida, porque por vezes se passam as 11 horas de trabalho diário no período das gravações, e, para além disso, existem as deslocações e o trabalho de muitos trabalhadores que não termina com o fim do dia de gravações.”

As condições de trabalho e salariais que os trabalhadores da produtora de novelas da TVI enfrentam já foram notícia quando Ana Sofia Martins, uma das atrizes mais destacadas do canal, chamou a atenção pública para a situação.

Na altura, num desabafo deixado nas redes sociais, Ana Sofia Martins lembrou que o‘Emmy’ conquistado pela novela ‘Ouro Verde’ significa o trabalho de equipa.

“Técnicos esses que são explorados a nível salarial e psicológico. Que trabalham 12 horas por dia, que trabalham ou a contratos temporários, ou a recibos, em funções que são essenciais a todos os projetos, que não têm condições de segurança (trabalho em altura) e a quem não é oferecida formação”, lamentou a atriz, na altura.

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