Economia

Produção no setor da construção abranda mas ainda sobe 3,5 por cento em 2018

A produção no setor da construção deverá subir 3,5 por cento este ano, depois de uma subida de 5,9 por cento em 2017, quando a atividade gerou 11,6 mil milhões de euros no país, segundo uma análise hoje divulgada.

Em causa está uma análise de conjuntura da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), que demonstra que “a atividade do setor da construção manteve-se positiva ao longo de 2018, estimando-se que a sua produção anual venha a registar um acréscimo de 3,5 por cento, em termos reais, face ao ano anterior”, indica aquela entidade em comunicado.

Entre 2016 e 2017, a produção global no setor tinha registado uma variação homóloga de 5,9 por cento, gerando um total de 11.632,3 milhões de euros.

No documento hoje divulgado, relativo a 2018, a FEPICOP assinala que “o dinamismo do segmento dos trabalhos de engenharia civil deverá revelar-se o mais moderado de entre as diferentes atividades do setor, crescendo o seu volume de produção em redor dos 2 por cento”.

Em sentido inverso, “o segmento da construção de edifícios deverá registar uma evolução mais expressiva, +4,9 por cento em termos reais, com um acréscimo de 7 por cento na produção de edifícios residenciais e um crescimento de 2,8 por cento na construção de edifícios não residenciais”, acrescenta a federação.

Dentro destes edifícios não residenciais, “destaca-se o crescimento de 4 por cento da produção da sua componente pública, enquanto a construção privada de edifícios não residenciais deverá vir a registar um acréscimo de apenas +2 por cento, em volume”, precisa.

Aludindo ao emprego no setor, a FEPICOP refere que esta evolução se tem vindo a revelar “positiva ao longo do ano, tendo registado um aumento de 1,8 por cento até setembro de 2018”, em mais 5,3 mil trabalhadores do que em igual período do ano anterior.

“De realçar que, em média, o setor da construção empregou 309,9 mil trabalhadores nos primeiros nove meses de 2018, representando 6,4 por cento do emprego total da economia nesse período”, destaca.

Quanto aos desempregados do setor inscritos nos centros de emprego, registou-se uma descida de 27 por cento em setembro de 2018 face ao período homólogo, num total de 26,7 mil pessoas.

Este foi, inclusive, “o valor mais baixo desta série desde o seu início, em janeiro de 2008”, observa a federação.

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