O Procurador-Geral norte-americano, Jeff Sessions, anunciou na segunda-feira um plano de “tolerância zero” para os imigrantes que atravessam a fronteira do México sem documentação, que poderá causar, em alguns casos, a separação de famílias.
“Estas ações tornaram-se ainda mais necessárias devido ao aumento maciço de travessias ilegais nos últimos meses”, declarou o antigo senador republicano do estado do Alabama, aludindo depois a números que apontam para um aumento de 55 por cento do número de detenções na fronteira em relação ao ano passado.
“Se alguém passar a fronteira ilegalmente, nós iremos julgá-lo, é tão simples quanto isso”, explicou.
A condenação pela entrada ilegal nos Estados Unidos tem como pena máxima seis meses de prisão, se for a primeira vez, mas se a pessoa for reincidente, a pena pode ir até dois anos.
Segundo o titular do Departamento de Justiça norte-americano, esta decisão de agravar as sanções tem como principal objetivo combater aquilo a que chamou falsos pedidos de asilo político.
De forma a cumprir esta estratégia, de analisar os casos de todos aqueles que chegam aos Estados Unidos sem a devida documentação, 35 procuradores foram enviados para a fronteira sul do país, além de 18 juízes de imigração, que vão ocupar “todo o seu tempo” a debruçar-se principalmente sobre os pedidos de asilo, explicou o republicano de 71 anos.
“Não duvido que muitos dos que atravessam ilegalmente a nossas fronteiras deixem para trás situações difíceis, mas não podemos receber todos aqueles que estão numa situação difícil”, disse Sessions, durante a visita à fronteira que separa San Diego de Tijuana (México), ao lado do diretor dos Serviços de Imigração e Alfândegas, Thomas D. Homan.
A Amnistia Internacional (AI) classificou hoje a separação de crianças das respetivas famílias, quando são detidas por entrarem nos Estados Unidos de forma ilegal, como uma “política monstruosa que atenta contra os direitos humanos”.
Em comunicado, a diretora executiva da Amnistia Internacional nos Estados Unidos, Margaret Huang, declarou que “a ideia de que as crianças podem ser protegidas separando-as das suas famílias desafia a lógica e a humanidade”.
“Essas crianças já sofreram o trauma da violência e da perseguição nos seus países de origem, além de uma jornada árdua em busca de um lugar seguro”, argumentou.
A diretora da organização no continente americano, Erika Guevara-Rosas, defendeu que “criminalizar e estigmatizar” os pais que só querem proporcionar segurança aos seus filhos causará “danos incalculáveis” a essas pessoas.
Para Erika Guevara-Rosas, forçar os imigrantes a regressarem aos seus países de origem, onde podem ser perseguidos, “é uma violação da obrigação que os EUA têm” em conformidade com a legislação sobre os refugiados.
O número de imigrantes detidos na fronteira EUA-México subiu 223 por cento em abril passado em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…
Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…
O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…
Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…
Joana Bento Rodrigues - Ortopedista /Membro da Direção da SPOT A modalidade de Pilates foi…
A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial Quando os…