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Procurador-geral de Israel decidiu acusar Netanyahu por corrupção

O procurador-geral israelita, Avichai Mandelblit, anunciou hoje que decidiu acusar o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por corrupção, fraude e abuso de confiança.

Num comunicado do Ministério da Justiça, Mandelblit indica ter aceitado as recomendações da polícia para acusar Netanyahu em três diferentes casos, que aguardam uma audiência final.

O procurador refere ter a intenção de acusar Netanyahu por ter recebido subornos para promover alterações ao nível da regulação que valiam centenas de milhões de dólares para a empresa de telecomunicações Bezeq, em troca de uma cobertura favorável no portal de informação Walla, propriedade daquela empresa.

Mandelblit também acusará o chefe do governo israelita de fraude e abuso de confiança em dois outros casos.

Num deles, Netanyahu, assim como a sua mulher Sara e o filho Yaur são suspeitos de terem recebido benefícios e presentes avaliados em centenas de milhares de euros de vários milionários, como o produtor de Hollywood israelita Arnon Milchan, em troca de ajuda em várias questões.

O outro é sobre um alegado acordo secreto entre Netanyahu e Arnon Mozes, editor do jornal diário Yedioth Ahronoth. O primeiro-ministro criaria dificuldades ao jornal Israel Hayom, rival do Yedioth Ahronoth, em troca de uma cobertura mais favorável por parte deste.

Embora esperada há semanas, a decisão de Mandelblit, 40 dias antes das legislativas antecipadas de 9 de abril, pode alterar a situação eleitoral e ameaça o longo “reino” de Netanyahu, 69 anos, que disputa um quinto mandato após perto de 13 anos no poder.

Netanyahu nega qualquer irregularidade e o seu partido, o Likud (direita) já denunciou uma “perseguição política”.

De acordo com a lei israelita, mesmo acusado o primeiro-ministro não é obrigado a demitir-se.

Benjamin Netanyahu, ou “Bibi” como é também conhecido, é, de acordo com as sondagens, o mais bem colocado para formar uma coligação governamental após as legislativas antecipadas, mas analistas consideram que a pressão política devido aos processos judiciais poderá ser muito forte e obrigar qualquer nova coligação a refletir sobre se o mantém ou não como líder.

Lusa

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