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Processo disciplinar para despedimento instaurado pela RTP ao “saneado político” Nuno Santos

nuno santosA RTP instaurou um processo disciplinar para despedimento de Nuno Santos, o ex-diretor de Informação que diz ter sido vítima de “saneamento político”. Suspenso preventivamente, Santos admite que “o miserável pretexto” foram as declarações ao Parlamento sobre as imagens cedidas à PSP.

A administração da RTP abriu um processo disciplinar com visto ao despedimento de Nuno Santos, suspendendo preventivamente o ex-diretor de Informação. Em comunicado, Nuno Santos admitiu que já esperava este cenário, tanto mais que teve indicações de que o processo seria “politicamente imperioso” após as declarações, no Parlamento, sobre a cedência à PSP de imagens dos confrontos em frente ao Parlamento.

“O facto de não me ter conformado com o sumário julgamento feito em praça pública pelo Conselho de Administração da RTP, na conclusão do qual resultava claro o sinal de que, se eu ficasse calado, não haveria consequências disciplinares, foi determinante no desfecho que agora se deu”, escreveu o ex-diretor de Informação, que no Parlamento disse estar consumado “o saneamento político” e que era visto como “uma pessoa ingrata” para o Governo.

Foram essas declarações, na Comissão Parlamentar de Ética, Cidadania e Comunicação, “ao abrigo da liberdade de expressão que pensava ser um direito conquistado em Portugal com a Revolução de Abril”, que serviram, no entender de Nuno Santos, como “o miserável pretexto para este processo”.

“É mais um capítulo da cortina de fumo que esconde as ramificações empresariais e políticas que se posicionam em campo numa fase em que se joga o futuro do Serviço Público de Rádio e Televisão”, comentou, abordando o processo disciplinar em que vai defender-se “sem desfalecimentos” e que surge horas antes do ex-diretor de Informação ser ouvido na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

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