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Processo-crime do acidente que provocou morte de Angélico Vieira arquivado pelo DIAP

angelico8Processo de apuramento de responsabilidade criminal na morte do cantor Angélico Vieira chega ao fim. O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Baixo Vouga decidiu arquivar o caso, concluindo que “seria impossível” determinar as causas que originaram o despiste: o rebentamento de um pneu.

O DIAP do do Baixo Vouga concluiu que o carro conduzido por Angélico circulava a uma velocidade entre os 206 e os 237 quilómetros por hora. Por outro lado, apurou as causas do despiste: o “rebentamento de um pneumático”, em virtude de um eventual furo ou aquecimento excessivo.

No entanto, refere o despacho rubricado pelo procurador Jorge Marques, não é possível demonstrar que a origem do acidente “é diversa daquela”. Ou seja, os investigadores não conseguem apurar se o pneu rebentou por eventual desgaste excessivo. Nesse sentido, restava o arquivamento do processo.

Depois do despiste do BMW, recorde-se, as autoridades policiais apontaram desde logo o excesso de velocidade como causa do acidente. No entanto, realçaram, num relatório preliminar, que os pneus não eram os adequados. A investigação do DIAP não permite provar esse dado.

A velocidade excessiva associada ao rebentamento do pneu provocou esse despiste e o choque posterior, contra o separador central da A1 (em Estarreja, no sentido Porto-Lisboa, a 26 de junho) levou a que a porta de acesso ao habitáculo do condutor, onde estava Angélico, se tivesse soltado. Angélico bateu com a cabeça no asfalto, o que lhe provocou danos cerebrais graves e irreversíveis.

O despacho do procurar esclarece ainda que “não se verificam elementos que indiciem” há existem outros culpados do acidente, “que não Sandro Milton Vieira Angélico”. O procurador sustenta que o ator e cantor violou as regras de trânsito rodoviário, sendo que terão contribuído para o acidente diversos fatores: excesso de velocidade e falta de atenção.

Assim sendo, conclui o despacho, não há motivos para que se realizem mais diligências, pelo que o procurador arquiva o processo. Chega ao fim, deste modo, o processo de investigação da morte de Angélico.

O semanário Sol adiantou, semanas depois do acidente, citando fonte da GNR, que “os pneus do veículo [que Angélico conduzia] não era os próprios” para o modelo do BMW em causa. O carro foi alvo de uma inspeção, em virtude de um acidente violento em que esteve envolvido, em 2010, e chumbou nessa vistoria.

Estas informações que o Sol avançou levantaram dúvidas quanto à culpa de Angélico Vieira no acidente que vitimou duas pessoas e deixou uma terceira em estado grave. Mas o DIAP contraria agora essas teorias.

O despacho de arquivamento do procurador vai de encontro a informações que apontavam para problemas num pneu. A GNR, num relatório preliminar, desmentiu esta teoria e apontou o excesso de velocidade como causa. Conclui-se agora que os dois factos estão associados.

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