Fórmula 1

Problemas na McLaren “não serão resolvidos do dia para a noite”

A saída de Eric Boullier da McLaren em plenas vésperas do Grande Prémio da Grã-Bretanha seria a última coisa que a equipa britânica precisava.

Os resultados modestos da escuderia de Woking, apesar da troca dos motores Honda pelos Renault esta temporada, levaram à demissão do francês do posto de diretor desportivo, sendo que em quatro anos e meio a McLaren não conheceu uma vez o ‘sabor’ do pódio.

Boullier chegou à equipa britânica em 2014, vindo da Lotus, mas não conseguiu operar o ‘milagre’ dos bons resultados, como o seu antecessor Martin Withmarsh nos tempos em que era Ron Dennis a ‘mandar’ nos destinos da McLaren.

Zak Brown, o Diretor Geral da marca britânica, admite que a situação não é fácil, apesar do empenho e talento dos pilotos Fernando Alonso e Stoffel Vanddorne: “Todos nós estamos sob pressão e tal é merecido, já que o nosso nível de performance está aquém dos objetivos e não faz honras nem ao nosso pessoal nem aos nossos recursos ou história”.

“Eric estava na McLaren há dois anos, e trouxe bastante à equipa. Ele adora a McLaren e acho que a melhor maneira dela avançar seria apresentar a sua demissão. Discutimos e aceitamos a sua decisão. Desejo-lhe o melhor. É um competidor e rapidamente vai encontrar um posto de vencedor”, afirmou o norte-americano à Sky Sports.

A equipa de Woking parece numa reestruturação permanente nas últimas temporadas, e deverá operar mais mudanças em breve, sendo que o ex-piloto de Fórmula Indy Gil de Ferran e o engenheiro Andrea Stella – bastante próximos de Alonso – foram promovidos para diretor desportivo e responsável de performance, respetivamente. Isto ao mesmo tempo que o diretor de operações, Simon Roberts, se ocupará igualmente da produção, engenharia e logística.

Zak Brown diz que se trata apenas de “um início do processo”, pois reitera: “Devemos ser uma organização mais rápida, mais simples e que comunica melhor, já que estou convencido que temos grandes talentos na nossa equipa, mas onde a maionese não está a sair como devia. Faz sete anos que estamos num mau estado e destabilizados sob o ponto de vista organizativo, por isso os nossos problemas não são de ontem, e não os vamos resolver do dia para a noite”.

“É preciso andar para trás e perceber que em 2010 a Mercedes era co-proprietária, e depois houve uma mudança de diretor desportivo (Martin Witmarsh foi demitido em 2013) e um acionista (Ron Dennis, começo de 2017) sai, por isso é difícil avançar nestas condições”, salientou ainda o Diretor Geral da McLaren.

 

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