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Privilégios de Sócrates: Aberto inquérito às queixas dos guardas prisionais

j socrates v2 Os alegados privilégios de José Sócrates, como o acesso ao gabinete do diretor adjunto para efetuar telefonemas, já estão a ser investigados. A Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça abriu um inquérito na terça-feira, segundo avança o mesmo jornal que relatou as denúncias dos guardas prisionais.

A Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça (IGSJ) quer saber se José Sócrates está a ser favorecido em relação aos restantes reclusos no Estabelecimento Prisional de Évora.

De acordo com o Público, o mesmo jornal que avançou com as denúncias do sindicato dos guardas prisionais para os alegados privilégios do ex-primeiro-ministro, a IGSJ abriu um inquérito, na terça-feira, para apurar a veracidade dessas denúncias.

“O inquérito foi instaurado com base numa queixa do sindicato e já foi distribuído a um inspetor”, revelou o inspetor-geral, Manuel Eduardo Santana.

A mesma fonte pormenorizou que, “numa primeira fase, serão ouvidos os serviços, antes de ser tomada qualquer decisão no processo”.

Em causa estão as denúncias de alegados privilégios por parte de José Sócrates, como o acesso ao gabinete do diretor adjunto para efetuar chamadas que não sejam cortadas quando atingido o tempo limite de cinco minutos.

“Um recluso utiliza os telefones que, tanto no quotidiano como em situações urgentes/excecionais, estão disponíveis a todos os reclusos”, esclareceu o mesmo inspetor, nas declarações ao Público.

Manuel Eduardo Santana revelou ainda que todos os reclusos têm acesso ao gabinete do diretor adjunto, por ser “simultaneamente o gabinete do serviço de tratamento penitenciário onde são atendidos todos os reclusos e do qual podem ser feitas as chamadas telefónicas que, a título urgente/excecional, os reclusos solicitem e venham a ser autorizadas pela direção”.

Recorde-se que o advogado de José Sócrates, Pedro Delille, classificou as denúncias do sindicato dos guardas prisionais como “uma afirmação completamente incendiária e perigosa”.

“Trata-se de uma afirmação completamente incendiária e perigosa da parte do sindicato. Tem a intenção de criar um mau ambiente onde ele não existe”, salientou, em declarações ao Expresso.

“A situação está a acontecer e à vista dos guardas prisionais”, insistiu o sindicalista Jorge Alves: “Sócrates entra no gabinete e o diretor-adjunto sai enquanto ele faz telefonemas”.

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