Categorias: Economia

Privatização da TAP “não pode causar constrangimentos”, afirma o comprador German Efromovich

O único empresário a apresentar uma proposta para comprar a TAP elogiou as contas de uma empresa “bem ‘enxuta’” e “eficiente”, tranquilizando os trabalhadores com o exemplo do negócio da Avianca: “começámos com 4700 funcionários e agora estamos com 17.000”.

German Efromovich, dono do Synergy, o único grupo a apresentar uma proposta de compra da TAP, concedeu uma entrevista à Lusa para dar a conhecer o que pretende para a companhia aérea portuguesa. Salientando o exemplo da Avianca, outra transportadora adquirida e que passou dos 4700 para os 17.000 funcionários, o empresário admitiu a necessidade de investir para renovar a frota, apesar da contabilidade estar “bem ‘enxuta’”.

“Se vamos crescer, precisamos de admitir gente e não de despedir, a não ser que tenha um monte de pessoas sem fazer nada. Quem está lá para trabalhar vai continuar”, assegurou Efromovich, dando o exemplo da Avianca: “quando entrámos nesta companhia, todo o mundo tinha medo. Começámos com 4.700 funcionários e agora estamos com 17.000.

“Boa administração”

Embora sem “garantir absolutamente” a manutenção de todos os trabalhadores da TAP, pois “quem garante não é honesto”, Efromovich salientou que tem mantido conversas “com tripulantes e pilotos da TAP, porque reconhecem-me quando entro nos aviões”, pelo que diz conhecer o sentimento de quem trabalha na empresa: “as pessoas fazem perguntas e até agora não ouvi nenhum comentário negativo, até pelo contrário”.

O líder do grupo interessado na privatização elogiou também a administração de Fernando Pinto, sobretudo pela forma como tem contornado a falta de investimento pelo acionista Estado: “a administração fez um excelente trabalho para quem não teve investimento e teve que se virar sozinha. Se não se põe dinheiro, a companhia não anda”. Embora seja “uma boa administração”, a continuidade não está assegurada, pois “para fazer amor é preciso dois” e “a primeira coisa é ver se os atuais administradores aceitam o modo de operar” do grupo Synergy.

A falta de investimento ditou que a TAP tenha aviões com uma vida média “em torno de 10 ou 12 anos, o que significa que está na hora de mudar”, defendeu German Efromovich, “porque hoje já existem aviões mais eficientes e mais confortáveis”. O resto da contabilidade deixou os técnicos da Synergy “surpreendidos agradavelmente”, como revelou o presidente do grupo: “a TAP está bem ‘enxuta’, é eficiente e os indicadores são muito bons”.

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