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Prisão para ex-autarca que fez cruzeiro pelas ilhas gregas pago pela Junta de Freguesia

Fausto Santos, ex-presidente da Junta de Freguesia de Campolide (Lisboa), foi condenado a cinco anos e meio de prisão efetiva por pagar despesas pessoais com o dinheiro da autarquia, como um cruzeiro pelas ilhas gregas e 120 refeições que custaram mais de 9600 euros, adianta o Público.

O tesoureiro da Junta, que também foi no cruzeiro (tal como a esposa de Fausto Santos), foi condenado a um ano e quatro meses de prisão, sendo a pena suspensa e estando obrigado a devolver 74,10 euros à freguesia.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa deu como provado que o antigo presidente da Junta de Campolide cometeu seis crimes de peculato, dois de falsificação de documentos, um de prevaricação e outro de abuso de poder, censurando o “pouco sentido de responsabilidade e ética” do arguido.

Em causa está um cruzeiro pelas ilhas gregas que passou pela ilha de Malta, onde Fausto Santos trabalhou um acordo de geminação entre Campolide e Ta’ Xbiex. Por considerar que tal ocorreu no exercício das funções, o então autarca (eleito pelo PSD) imputou uma despesa superior a 2600 euros (1900 da viagem e 707,31 euros ema judas de custo) às contas da autarquia.

Salientando ter pago o resto do cruzeiro (o custo toral foi de 4710 euros), Fausto Santos explicou, em declarações ao Público, que aproveitou a viagem às ilhas gregas para celebrar a geminação com o intuito de “economizar”.

“Se fosse feita numa deslocação regular, com avião e hotel, tinha ficado em dois mil e tal euros”, acrescentou o ex-autarca, revelando ainda ao jornal que vai recorrer da decisão.

“Os juízes foram completamente irrealistas”, lamentou Fausto Santos, nas declarações ao Público.

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