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Primeiro-ministro apreensivo com impacto da permeabilidade do PPE no futuro da Europa

O primeiro-ministro, António Costa, mostrou-se hoje preocupado com a permeabilidade do Partido Popular Europeu “ao canto de sereia” de Matteo Salvini e do grupo de Visegrado, assumindo esperar que o compromisso hoje alcançado reforce Angela Merkel.

Em conferência de imprensa, após a conclusão do Conselho Europeu, António Costa reconheceu que a dificuldade sentida pelos líderes do 28 para fechar a negociação sobre o ‘pacote’ das nomeações para os altos cargos da União Europeia “seguramente não é bom sinal”, e revelou a sua apreensão com os efeitos do “canto de sereia” de Salvini, ministro do Interior de Itália, e do grupo constituído por Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia.

“O que acho que é verdadeiramente mais preocupante naquilo que aconteceu ao longo destes dias é constatar a fragmentação interna numa das grandes famílias políticas e a sua fragilidade e permeabilidade à pressão de minorias de bloqueio. Isso é mesmo o fator mais preocupante para o futuro da Europa. Espero que esta solução tenha, pelo menos, o mérito de reforçar quem nessa família política, ao longo de mais de uma década, tem assegurado a capacidade de ser um motor positivo na construção do projeto europeu”, disse, referindo-se à chanceler alemã, Angela Merkel.

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