Primeira-ministra escocesa diz que independência está “claramente à vista”

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou hoje que a independência do Reino Unido está “claramente à vista”, referindo que o Brexit e a “incompetência” do governo britânico aumentaram o desejo escocês de construir um país independente.

Durante o seu discurso de encerramento do congresso anual do Partido Nacionalista Escocês (SNP), realizado em Glasgow, Nicola Sturgeon disse que a ideia de alcançar a independência está mais próxima hoje do que nas gerações anteriores.

“Somos uma geração muito mais privilegiada, o nosso objetivo está claramente à vista. Agora depende de nós honrar aqueles que o perseguiram antes e ganhar a independência de nosso país”, afirmou.

A primeira-ministra referiu que a vitória do Brexit no referendo de 2016 e a gestão das negociações pelo executivo conservador de Theresa May, “mostraram os motivos pelos quais a Escócia precisa ser independente”.

“Eu penso no quanto poderíamos fazer mais, livres do caos e da incompetência de Westminster”, disse, acrescentando que a esperança será maior quando a Escócia “tiver o seu futuro nas mãos e se torne num país independente”.

Nicola Sturgeon salientou que as negociações entre o Reino Unido e a União Europeia para a saída, prevista para 29 de março de 2019, vão determinar o contexto em que a Escócia pode avançar para a sua independência.

Em 2014, em referendo, 55 por cento dos escoceses escolheram permanecer no Reino Unido, mas poderá ser realizada uma segunda consulta.

A líder escocesa sublinhou que os 35 membros do seu partido no Parlamento britânico em Westminster irão apoiar a proposta de realização de um novo referendo sobre o ‘Brexit” se esta hipótese surgir, mas disse que não há “garantias” de que uma outra votação pode levar a um resultado diferente do de 2016.

“O Brexit é um problema sério para a Escócia, mas apenas é por causa de um problema mais fundamental, que é o nosso futuro não estar nas nossas próprias mãos. O futuro da Escócia está nas mãos de Westminster e a única solução é a Escócia tornar-se um país independente “, sublinhou.

A primeira-ministra escocesa defendeu ainda que os escoceses devem trabalhar para aumentar o seu apoio à independência.

“Devemos mostrar às pessoas que, com os poderes que nos dará a independência, podemos concretizar plenamente o vasto potencial de nosso país e devemos levar essa ideia a todos os lares, comunidades e locais de trabalho em todo o país”, concluiu.

Lusa

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