Economia

Previsão da OCDE para a Zona Euro adia recuperação para 2014, mas não em Portugal

dinheiro caixaA recessão na Zona Euro continuará em 2013, mas para 2014 a OCDE já prevê uma recuperação ligeira. A exceção serão os países resgatados, onde a crise está para durar. No caso de Portugal, a recessão será quase o dobro do estimado pelo Governo e pela troika.

As previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apontam para uma recuperação da Zona Euro em 2014, com um crescimento ligeiro de 1,3 por cento. A ausência de decisões políticas, como se comprova nas atuais negociações para o Orçamento comunitário 2014-2020, vai prejudicar a moeda única ao longo do próximo ano.

Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) dos 17 deverá recuar 0,1 por cento, bastante menos do que este ano: 2012 deve fechar com uma recessão nos 0,4 por cento, avalia a OCDE. A Alemanha, com 1,9 por cento, e a França, com 1,3 por cento, serão as ‘locomotivas’ que evitarão uma queda mais acentuada no próximo ano. Já o Reino Unido, que não adotou o euro, deverá crescer 0,9 por cento.

As exceções no regresso ao crescimento, em 2014, serão Portugal e Grécia. A Irlanda, também debaixo de resgate, deverá registar um crescimento “baixo, mas positivo” já em 2013, antecipa a OCDE, ao contrário de Portugal: no próximo ano, a recessão deverá bater os 1,8 por cento, quase o dobro do um por cento estimado pelo Governo e pela troika.

A entidade traçou ainda uma antecipação da taxa de desemprego, que deve continuar a crescer na zona euro até registar 12 por cento em 2014. “A crise da zona euro continua a representar uma ameaça para a economia mundial”, reconheceu Ángel Gurría, secretário-geral da OCDE.

As estimativas poderão ser menos graves se os governos da Zona Euro conseguirem “restabelecer a confiança”, através de medidas que, à semelhança do ocorrido em Espanha e Itália, tragam “progressos” à consolidação orçamental.

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