Medida de coação máxima para o autor dos disparos que provocaram a morte da presidente da Junta de Segura e do marido da autarca. O Tribunal de Idanha-a-Nova decretou prisão preventiva para o empreiteiro de 62 anos, José Torres, que aguardará julgamento no estabelecimento prisional de Castelo Branco.

Por ordem do Tribunal de Idanha-a-Nova, o suspeito da autoria do duplo homicídio na Junta de Freguesia de Segura, em Idanha-a-Nova, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, detido no estabelecimento prisional de Castelo Branco.

A agência Lusa, que cita fonte judicial, adianta que esta medida de coação, a mais grave, foi determinada hoje, por aquele tribunal, após interrogatório ao homem que é suspeito da morte da presidente da Junta de Freguesia de Segura e do marido da autarca.

A decisão do Tribunal de Idanha-a-Nova foi tomada na manhã de hoje. José Torres foi ouvido às 9h00, sendo que após esse interrogatório o empreiteiro de 62 anos recebeu ordem para aguardar julgamento em prisão preventiva.

O crime ocorreu na manhã da passada terça-feira, cerca das 10h00, na sede da autarquia de Idanha-a-Nova. A presidente Maria de Lurdes Sobreiro, de 55 anos, e o seu marido, José Sobreiro, de 59 anos, foram mortos a tiro. O autor dos disparos entregou-se, mais tarde, às autoridades.

Na origem do crime estavam “divergências” antigas. Segundo a agência Lusa, que ouviu o presidente da Assembleia de Freguesia de Segura, José Lopes, em causa estariam problemas relacionados com a deposição de lixo de obras de José Torres.

No entanto, havia episódios de violência com o mesmo protagonista, por razões diferentes. Segundo o líder da Assembleia de Freguesia de Segura, o autor dos disparos tinha agredido o marido da presidente da Junta, após desacatos.

O homem entrou na Junta de Freguesia de Segura, no concelho de Idanha-a-Nova, e após uma discussão que envolveu o suspeito e as duas vítimas o homem disparou contra Maria de Lurdes Sobreiro e José Sobreiro.

O autor dos disparos, de 62 anos, entregou-se, de seguida, às autoridades, transportando uma caçadeira, no posto da Guarda Nacional Republicana de Zebreira, localizado a cerca de 20 quilómetros do local do duplo homicídio.

Uma das vítimas já tinha apresentado queixa por agressão à polícia, devido a desacatos que envolveram o mesmo homem que agora responde pelo crime.