Os presidentes de todas as Juntas de Freguesia do município de Matosinhos (e são 10) exigem a demissão de Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, a quem acusam de provocar um “retrocesso da vida democrática portuguesa, corporizado pela proposta de lei da reforma administrativa”.

Os dez autarcas reuniram-se, hoje, e chegaram a um consenso. Após a divulgação da proposta de reforma administrativa não resta outro recurso para além da exigência, “que neste momento é mais do que plausível, da demissão do ministro Miguel Relvas”, como explicou o promotor do Movimento Freguesias Sempre e presidente da Junta de Leça de Palmeira, Pedro Sousa.

“Perante a proposta de lei da reforma administrativa, que consideramos que é um grande retrocesso da vida democrática portuguesa, e sendo este o segundo erro grosseiro por parte do senhor ministro”, não outra outra solução para além de “exigir a demissão” de Miguel Relvas. Pedro Sousa revelou que no dia 23 de fevereiro, quando os responsáveis pelo movimento se deslocarem à Assembleia da República para assistir à discussão das petições contra a reforma administrativa, vão “frisar que tem que ter uma consequência política para Miguel Relvas e para o Governo”, na sequência da mais recente proposta apresentada pelo ministro.

“Defendemos, de forma intransigente, a manutenção do atual mapa administrativo e uma das nossas formas de protesto e de luta passa precisamente por não apresentar, durante o período concedido pelo Governo de 90 dias após promulgação desta lei, uma solução alternativa de mapa administrativo”, argumentou o autarca leceiro.

Hoje “fez-se história”, acrescentou Pedro Sousa, dado que três movimentos nacionais contra a extinção de freguesias convocaram, para dia 24 de março, uma “grande manifestação” em Lisboa, tendo ainda sido criado uma plataforma nacional contra a extinção de freguesias.