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Presidente vai encerrar Mesa do Diálogo com a oposição na Guiné Equatorial

O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, vai participar na segunda-feira na Sexta Mesa de Diálogo entre Governo e oposição, estando presente durante a cerimónia de encerramento, anunciou hoje a televisão estatal.

Embora as datas originais das reuniões sejam até sábado, a cerimónia de encerramento foi adiada até segunda-feira.

No sábado, os líderes políticos vão reunir-se para fechar acordos sobre os temas discutidos, explicou o primeiro-ministro, Francisco Obama Asué.

O comunicado não especifica se Teodoro Obiang apenas vai estar presente na cerimónia ou se vai intervir, tal como fez durante a sessão de abertura da Mesa de Diálogo, na segunda-feira.

Na altura, o Presidente pediu “sinceridade e humildade” para “estimar o positivo e aquilo que adoece o nosso sistema”, e chamou a iniciativa de “oportunidade única para eliminar a desconfiança”.

Durante as jornadas ocorreram críticas ao Governo, em especial pelo principal partido legalizado da oposição, a Convergência para a Democracia Social, que defendeu a sua demissão e a formação de um executivo de transição.

O líder deste partido, Andrés Esono, também perguntou ao Governo quando é que pretende aplicar a amnistia geral para os presos políticos decretada por Teodoro Obiang no dia 04 de julho passado.

Até ao momento, a única libertação que ocorreu foi do professor Julián Abaga, detido em dezembro devido a uma mensagem de áudio a criticar o chefe de Estado.

O outro partido da oposição da Guiné Equatorial, Cidadãos pela Inovação, não foi convidado para a iniciativa por ter sido considerado ilegal em fevereiro.

Outros dos principais atores políticos da oposição decidiram não participar, como o autoproclamado primeiro-ministro no exílio, Severo Moto, ou o Movimento para a Autodeterminação da Ilha de Bioko.

Desde sua independência da Espanha, em 1968, a Guiné Equatorial é considerada um dos países mais repressivos do mundo devido a acusações de detenções e tortura de dissidentes e reiteradas denúncias de fraude eleitoral por parte da oposição e da comunidade internacional.

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