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Presidente do PSD fala hoje no Porto aos jornalistas sobre crise no Governo

O presidente do PSD, Rui Rio, vai fazer hoje num hotel do Porto, às 18:30, uma declaração à imprensa, indicou o partido, dois dias depois da crise política provocada pela ameaça de demissão do primeiro-ministro.

No sábado, fonte do PSD já tina avançado à Lusa que Rui Rio ia falar hoje sobre a ameaça de demissão do primeiro-ministro caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final no parlamento.

O líder social-democrata deveria ter estado no sábado numa iniciativa de pré-campanha das eleições europeias, em Gondomar, mas a sua presença foi cancelada durante a tarde.

Em declarações aos jornalistas na iniciativa, o cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, acusou o primeiro-ministro de criar uma “crise artificial” e assegurou que a direção nacional responderá “no momento certo” à ameaça de demissão de António Costa.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro anunciou que comunicou ao Presidente da República que o Governo se demitirá caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global no parlamento.

O parlamento aprovou na quinta-feira, na comissão parlamentar de Educação, uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes.

Não ficou estabelecido qualquer calendário de recuperação do tempo de serviço, rejeitando as propostas do PCP e BE nesse sentido, mas foi aprovado, ainda assim, que os dois anos, nove meses e 18 dias devem ser recuperados com efeitos a partir de janeiro de 2019.

Num comunicado, a líder do CDS-PP anunciou hoje que os centristas só votarão a favor, em votação final, do diploma dos professores se forem aceites as condições do partido, como sustentabilidade financeira e crescimento económico.

“Ou o parlamento aceita as nossas condições ou não aprovaremos qualquer pagamento”, lê-se no comunicado em que anuncia que o CDS vai pedir para serem, de novo, votadas as propostas em que o partido condicionava o pagamento a três condições: crescimento económico, a revisão da carreira, avaliação, e regime de aposentação dos professores.

Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, Assunção Cristas rejeitou que o seu partido tenha recuado na questão da contabilização total do tempo de serviço dos professores, afirmando que tem adotado “a mesma posição, clarinha como a água, desde o primeiro minuto”.

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