Nas Notícias

Presidente do parlamento assegura qualidade do debate apesar de maioria Frelimo

A presidente da Assembleia da República e mandatária da candidatura da Frelimo disse hoje que o debate no parlamento “não vai morrer” mesmo com a maioria qualificada do partido no poder.

“O debate não vai morrer porque mesmo as forças que não têm muitos debutados têm tempo mínimo para falar”, disse Verónica Macamo, falando momentos após o anúncio dos resultados das eleições, que dão mais de dois terços dos lugares no parlamento à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

Verónica Macamo disse também que a Frelimo vai optar por uma governação inclusiva, modelo que terá igualmente prioridade no parlamento moçambicano.

“O debate não existe porque há ou não muitas pessoas da oposição. O debate existe no parlamento porque é a regra do jogo democrático”, frisou Verónica Macamo.

A Frelimo, no poder desde a independência, reforçou a presença no parlamento e terá mais de dois terços dos lugares, segundo os resultados oficiais das eleições de 15 de outubro, hoje divulgados.

A Frelimo conseguiu eleger 184 dos 250 deputados, ou seja, 73,6 por cento dos lugares, cabendo 60 (24 por cento) à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e seis assentos (2,4 por cento) ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), anunciou a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

A Frelimo consegue mais 40 deputados que há cinco anos, a Renamo perde 29 e o MDM perde 11.

Nas presidenciais também foi o candidato da Frelimo (Filipe Nyusi) que venceu, reeleito à primeira volta para um segundo mandato, com 73 por cento dos votos.

Em segundo lugar ficou Ossufo Momade, candidato da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, com 21,88 por cento, e em terceiro Daviz Simango, líder da Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com 4,38 por cento.

Mário Albino, candidato pela Ação de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), obteve 0,73 por cento.

Os resultados não foram aceites pelos partidos da oposição no parlamento, Renamo e Movimento Democrático de Moçambique (MDM), alegando fraude generalizada.

Ambas as forças políticas anunciaram através dos seus órgãos, já há vários dias, repúdio pela forma como decorreu o processo eleitoral e os seus representantes na CNE, bem como alguns membros da sociedade civil, votaram contra o apuramento final.

Os resultados foram aprovados com nove votos a favor e oito contra na reunião de sexta-feira da CNE.

Em destaque

Subir