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Presidente do México destaca tratamento “respeitoso” de Trump na tomada de posse

O Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, sublinhou hoje o “tratamento respeitoso” por parte do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, desde que ganhou as eleições.

“Quero destacar que desde 01 de julho, dia da minha eleição, recebi um tratamento respeitoso por parte do Presidente Donald Trump”, afirmou López Obrador, no discurso de tomada de posse do cargo, na Cidade do México.

Trump enviou à cerimónia a sua filha, Ivanka Trump, num gesto de “amizade”, o que López Obrador agradeceu.

A comitiva norte-americana incluiu ainda o vice-presidente, Mike Pence, e foi a maior delegação estrangeira das cerca de 50 que estiveram representadas.

Eleito com mais de 53 por cento dos votos como candidato por uma coligação progressista de esquerda, Andrés Manuel Lopez Obrador (conhecido pelas suas iniciais, AMLO) prometeu fortes reformas económicas, a partir de um plano de investimento público, e maior igualdade social, com a duplicação do valor das pensões de reforma.

Mas de acordo com as sondagens, mesmo quem votou nele mostra-se menos confortável com a posição do novo Presidente, que sucede a Enrique Pena Nieto, perante o problema da imigração.

Os críticos chegam a comparar a sua posição com a de Donald Trump e recentemente apareceram cartazes a chamá-lo de “Juan Trump”, quando conheceram as suas ideias para um plano de contenção de imigrantes vindos da América Central.

Os adversários recordam ainda o recente elogio que Donald Trump fez a AMLO, dizendo que o governo mexicano se estava a comportar muito bem, ao aceitar ficar com os refugiados no seu território, enquanto aguardam resposta aos pedidos de asilo, processos que podem demorar meses.

López Obrador enumerou no seu discurso de tomada de posse os líderes estrangeiros presentes na cerimónia, que decorreu no parlamento do México (Congresso), e agradeceu a todos.

Quando referiu o nome do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alguns congressistas gritaram a palavra “ditador”.

No início da sessão, membros do Partido da Ação Nacional (conservador) tinham já exibido um cartaz em que se lia: “Maduro, não és bem-vindo”.

López Obrador também mencionou, entre outros, o rei de Espanha (Felipe IV), os presidentes das Honduras (Juan Orlando Hernández) e de Cuba (Miguel Díaz-Canel) e o primeiro-ministro de Portugal (António Costa).

Por outro lado, fez uma referência ao primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que não estava presente, a propósito do acordo comercial conhecido como T-MEC assinado na sexta-feira pelos três países da América do Norte.

López Obrador sublinhou que está a falar com representantes dos EUA e do Canadá para irem “mais além” do T-MEC.

O objetivo é alcançar “um acordo de investimento entre empresas e governos das três nações para impulsionar o desenvolvimento” do México e dos países da América Central, afirmou.

O T-MEC precisa de ratificação nos congressos dos três países para entrar em vigor.

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