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Presidente do INE moçambicano apresenta demissão após polémica sobre número de eleitores

O presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique demitiu-se após o organismo contestar o número de eleitores recenseado em Gaza, província do Sul, a dois meses das eleições gerais, escreve a edição de hoje do semanário Savana.

Contactado pela Lusa, Rosário Fernandes disse que só vai pronunciar-se “após o despacho presidencial com a exoneração ou nomeação” de outra pessoa para ocupar o cargo.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou em junho ter recenseado 1,1 milhões de eleitores na província de Gaza, o que equivale a dizer que 80 por cento da população é maior de 18 anos, quando os dados do INE indicam que ali existem 836 mil pessoas em idade eleitoral, ou seja, 329 mil a menos.

Os resultados do recenseamento estão a ser contestados por organizações da sociedade civil e partidos políticos da oposição por supostamente conterem um número de eleitores fictício.

A controvérsia agudizou-se com a posição do INE que afirmou publicamente em julho que os números apresentados pelos órgãos eleitorais só serão possíveis em 2040.

A província do sul do país tem votado maioritariamente na Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

A situação levou o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, a questionar publicamente, há uma semana, a disparidade entre os números do INE e das autoridades eleitorais.

“Porquê é que as estatísticas da sede do ministério são diferentes do Instituto Nacional de Estatística”, perguntou, durante a inauguração de novas instalações do Ministério da Economia e Finanças, em Maputo.

Logo depois respondeu: “significa que não há trabalho sério a ser feito. Falem antes de dizer o que é, não é cada um dizer-nos o que pensa ou o que quer”.

“Comuniquei o meu interesse em estar fora da instituição [INE]”, disse Rosário Fernandes, citado hoje pelo Savana, dizendo que o comunicou ao ministro da Economia e Finanças e o primeiro-ministro, que deverão informar o Presidente da República.

As razões para sua saída têm a ver com “coerência e princípios”, disse ao jornal, que por sua vez aponta a polémica dos últimos meses como a razão.

As eleições legislativas de 15 de outubro vão decorrer em simultâneo com as presidenciais e para as assembleias provinciais, que pela primeira vez terão governadores eleitos e não nomeados pelo poder central, como acontece atualmente.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Moçambique

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