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Presidente do Equador regressa ao país devido a caso de jornalistas sequestrados

O Presidente do Equador abandonou antecipadamente a Cimeira das Américas, na sequência de relatos, não confirmados, de que os jornalistas e o motorista equatorianos raptados na fronteira com a Colômbia podem ter sido executados.

De acordo com agências internacionais, Lenin Moreno regressou a Quito, na sequência da divulgação pelo canal de notícias colombiano RCN fotografias dos corpos dos três homens. As autoridades equatorianas não confirmaram “a autenticidade das imagens”.

“Não temos nenhuma evidência de que [as imagens] são verdadeiras, por isso a situação mantém-se”, disse à agência noticiosa espanhola EFE uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Equador.

As primeiras investigações mostraram que “as fotografias não são conclusivas”, declarou também o ministro do Interior equatoriano, César Navas, acrescentando que a análise realizada pelas autoridades da Colômbia também não é conclusiva.

Moreno decidiu abandonar a capital peruana, onde começa hoje a oitava Cimeira das Américas, “devido à situação crítica”, escreveu na sua página oficial da rede social Twitter.

“Decidi regressar imediatamente ao Equador devido à situação crítica que vivemos neste momento”, afirmou. “Regresso para estar com os familiares de Javier, Paul e Efrain”, acrescentou Moreno.

O repórter Javier Ortega, o fotógrafo Paul Rivas e o motorista Efrain Segarra, que trabalham para o jornal El Comercio de Quito, foram sequestrados em março na fronteira com a Colômbia, onde decorrem operações militares contra rebeldes dissidentes colombianos envolvidos em narcotráfico, indicaram as autoridades equatorianas.

As Forças Armadas do Equador enfrentam na fronteira diversas incursões violentas perpetradas por um grupo dirigido por um ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), agora dissolvidas e convertidas num partido político, a Força Alternativa Revolucionária Comum/FARC.

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