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Presidente do Deutsche Bank afasta qualquer fusão nos próximos três anos

O presidente do Deutsche Bank, maior banco comercial privado da Alemanha, Christian Sewing, afirmou numa entrevista ao diário alemão Handelsblatt que nos próximos três anos está afastada qualquer fusão com outro banco.

Questionado sobre o perigo do Deutsche Bank – que anunciou ter em marcha um plano de reestruturação com supressão de 18 mil postos de trabalho – poder ser adquirido por outra instituição por se converter num banco mais pequeno e estável, Sewing respondeu que “se tiverem êxito, a capitalização bolsista também subirá”.

“Então temos a possibilidade de tomar parte numa consolidação europeia como sócio ou comprador, mas não penso nesse tema agora. Agora estamos concentrados primeiro na aplicação do nosso plano [de reestruturação]”, adiantou Sewing.

“Não me quero comprometer categoricamente, mas a minha intenção é aplicar esse plano de forma consequente nos próximos três anos, apesar de termos visto com o Commerzbank que sempre pode surgir algo de novo”, adiantou o presidente do Deutsche Bank.

Em 07 de julho, o Deutsche Bank anunciou que vai suprimir 18.000 empregos até 2022, ou seja, um quinto dos efetivos, no âmbito de um plano de reestruturação.

“A reestruturação resultará numa redução do número de funcionários” de cerca de “18.000 até ao ano 2022, para reduzir os efetivos para cerca de 74.000 pessoas”, afirmou o banco em comunicado.

O Deutsche Bank, que enfrenta dificuldades financeiras há alguns anos, explicou querer reduzir os seus custos em seis mil milhões de euros, para voltar aos lucros.

O grupo alemão tem vindo a levar a cabo um processo de reestruturação com cortes de custos, em que se inclui a redução de pessoal e já cortou milhares de postos de trabalho desde 2015.

O Deutsche Bank não está presente em Portugal, pois vendeu o negócio aos espanhóis do Abanca.

A transação foi anunciada em 27 de março do ano passado, mas só em junho deste ano foi transferida toda a carteira de clientes particulares e pequenas empresas e os respetivos ativos para o Abanca.

A decisão de sair de Portugal foi explicada na altura com a necessidade de reduzir “a complexidade orgânica do grupo”, tendo sido transferidos sem despedimento para o Abanca mais de três centenas de trabalhadores do Deutsche Bank em Portugal.

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