O Presidente do Brasil defendeu hoje a imposição de escolas cívico-militares no país, alegando que isto ajudará as crianças a não dependerem de programas sociais do Governo para sobreviverem depois de adultas.
“Não tem que perguntar para o pai se ele quer ou não uma escola com militarização. Me desculpa, tem que impor (…) Nós não queremos que essa garotada cresça e, no futuro, seja um dependente até morrer de programas sociais do Governo”, disse Jair Bolsonaro.
O chefe de Estado brasileiro falava na cerimónia de lançamento de um programa para incentivar a criação de escolas cívico-militares no país, no Palácio do Planalto, em Brasília.
As escolas cívico-militares são instituições de ensino coordenadas por equipas de militares da reserva que atuam como tutores dos alunos.
O Presidente brasileiro justificou a sua opinião dizendo que as crianças que não têm aproveitamento nos exames, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), deveriam estudar em escolas cívico-militares.
“Queremos integrar e colocar na cabeça de toda essa garotada a importância dos valores cívico-militares”, acrescentou.
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro defendeu que as escolas cívico-militares formam melhores cidadãos do que os outros estabelecimentos de ensino porque têm disciplina.
O Brasil tem atualmente 203 escolas cívico-militares, em 23 estados, e o programa lançado pelo Governo brasileiro quer aumentar para 216 escolas cívico-militares até 2023.
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