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Presidente da República não pode “banalizar a função” com comentários sobre a “refundação”

marcelo rebelo sousaMarcelo Rebelo de Sousa defendeu que o Presidente da República esteve bem ao não se pronunciar sobre a “refundação” do programa da troika, uma vez que se está “a discutir o nada”. Se Cavaco Silva se tivesse pronunciado estaria a “banalizar a função presidencial”.

Quando nada há para dizer, o melhor é ficar calado, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, no comentário dominical para a TVI. O antigo presidente do PSD considerou “irreal” que os líderes dos dois principais partidos, PSD e PS, tenham passado uma semana “a discutir o nada”, pelo que o Presidente da República esteve bem em manter-se em silêncio. Como chefe de Estado, Cavaco Silva não poderia pronunciar-se sobre “o nada”, pois só iria “banalizar a função presidencial”, argumentou Marcelo Rebelo de Sousa.

O comentador político abordava o convite que Pedro Passos Coelho, enquanto primeiro-ministro, endereçou ao líder do maior partido da oposição, o PS, no sentido de negociar a “refundação” do memorando que sustenta o resgate financeiro. Um convite vazio de sentido, “sem conteúdo”, ao qual José António Seguro “respondeu uma coisa igualmente surrealista, ‘eu não quero discutir nada’”.

O líder socialista perdeu, no entender de Marcelo Rebelo de Sousa, a “obrigação de destrunfar Passos Coelho”, pois desperdiçou a oportunidade de questionar quais as medidas que o primeiro-ministro defende para vários setores do Estado, como a Saúde e a Justiça. Foi uma semana de política para “encher chouriço” e não debater o essencial, o Orçamento de Estado para 2013, argumentou o comentador da TVI.

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