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Presidente da Renault suspeito de fraude fiscal no Japão

Carlos Ghosn, presidente do Grupo Renault, não está atualmente numa posição muito confortável. O dirigente da marca Renault e da Nissan enfrenta problemas com a justiça japonesa.

Segundo o periódico nipónico ‘The Ashai Shimbum’ Gohsn, de 64 anos, foi detido e presente esta segunda-feira em Tóquio a um juiz depois de uma investigação levada a cabo na sede da Nissan.

No entender do fisco japonês, o presidente da Renault Nissan não declarou integralmente o seu salário, num montante de centenas de milhões de ienes. A agência France Presse, a Nissan terá adotado práticas ‘graves’, descobertas após uma denúncia e buscas na sede da marca em Yokoham, nos arredores da capital nipónica.

Carlos Ghosn está na Renault desde 1996, e tornou-se diretor de operações da Nissan em 1999, quando se estava a preparar a formação da aliança Renault-Nissan. Chamado para evitar a bancarrota da marca japonesa, tornou-se presidente da Nissan em 2001, antes de ser nomeado para chefiar o Grupo Renault em 2005.

Em 2016 o argentino supervisiona a integração da Mitsubishi, igualmente em situação difícil, na aliança Renault-Nissan, e torna-se também presidente. A 1 de abril de 2017 Ghosn deixou o seu lugar da Nissan, passando a ‘pasta’ a Hiroto Saikawa, continuando no entanto a figurar no conselho de administração da marca.
Segundo a agência Reuters os acionistas da Renault aprovaram uma contribuição de 7,4 milhões de euros para 2018, ao mesmo tempo que Carlos Ghosn obteve 9,2 milhões de euros no seu último ano à frente da Nissan.

De momento é difícil perceber o impacto das investigações judiciais ao ‘patrão’ da Renault no programa que a marca tem na Fórmula 1, que Ghosn aprovou no final da temporada de 2015. O que é certo é que esta chamada de Ghosn perante a justiça japonesa já fez cair hoje as ações da Renault em 13% desde que abriu a sessão da bolsa em Paris esta manhã.

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