Presidente da RDCongo quinta-feira em Luanda para visita oficial de dois dias
O Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo), Joseph Kabila, chega quinta-feira a Luanda para uma visita de oficial e de trabalho de dois dias, a convite do seu homólogo angolano, João Lourenço.
Uma nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República de Angola, distribuída hoje à imprensa, informa que a visita de Joseph Kabila se inscreve no quadro das relações de amizade e cooperação existentes entre os dois países irmãos e vizinhos, e nos contactos regulares entre os dois chefes de Estado.
A deslocação de Joseph Kabila a Luanda esteve prevista para 23 de julho último, mas acabou por não se concretizar por falta de confirmação do Presidente da RDCongo.
A reunião com o seu homólogo de Angola deveria acontecer na província angolana de Benguela, mas a agenda do encontro não era conhecida.
A situação político-militar na RDCongo tem sido uma preocupação de Angola que, através da Comunidade Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), tem desenvolvidos esforços diplomáticos para a estabilidade no país vizinho.
Os dois países partilham uma fronteira terrestre de mais de mil quilómetros, várias organizações regionais e mantêm relações de amizade e de cooperação.
Além disso, aguarda-se que o tema dos refugiados congoleses em Angola possa também ser abordado entre os dois chefes de Estado.
Por outro lado, a RDCongo tem agendadas para 23 de dezembro as eleições presidenciais, às quais Kabila ainda não disse, oficialmente, que não pretende recandidatar-se, depois de cumpridos já dois mandatos, o máximo permitido pela Constituição do país.
As eleições presidenciais da RDCongo já deveriam ter-se realizado no final de dezembro de 2016, mas foram adiadas, primeiro, para dezembro de 2017 e, depois, para este ano, com a argumentação da instabilidade política que o país tem vivido.
Num discurso proferido em 19 de julho, em Kinshasa, Joseph Kabila realçou o seu “compromisso com a Constituição”, mas sem avançar se aspira à reeleição, proibida precisamente pela Carta Magna do país.