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Presidente da RDCongo quer conter surto de ébola em menos de três meses

O Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo) disse hoje que pretende ver o surto de Ébola contido em menos de três meses, ainda que alguns especialistas em saúde digam que pode levar o dobro do tempo.

O Presidente, Felix Tshisekedi, visitou hoje o leste da RDCongo, onde o surto do vírus do Ébola se tornou o segundo mais mortal da história. O Ministério da Saúde da RDCongo diz que estão confirmados mais de 1.200 casos, incluindo mais de 800 mortes.

A visita de Tshisekedi acontece poucos dias depois de a Organização Mundial de Saúde ter decidido que o surto ainda não é uma emergência global de saúde.

O surto de Ébola deflagrou numa zona perto da fronteira com o Ruanda e o Uganda, onde grupos rebeldes e a resistência das comunidades têm dificultado os esforços para conter a febre hemorrágica.

Mais de 100.000 pessoas já receberam uma experimental mas efetiva vacina contra o Ébola.

De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde o vírus causou a morte de 11 pessoas em apenas 24 horas na província de Kivu Norte, no nordeste da RDCongo.

As mortes devido ao contágio foram registadas em Katwa (sete), Mabalanko (duas) e Butembo (outras duas), elevando para 814 o total de mortos no registo do Ministério da Saúde de 14 de abril.

De entre os óbitos, 748 foram confirmados após análises laboratoriais como contaminados com o vírus Ébola e 66 dados como prováveis.

Também no período de 24 horas (13 para 14 de abril) constatou-se um aumento do número de casos de contágio, com mais 13 pessoas a contraírem o vírus Ébola, que se transmite através do contacto direto com fluidos corporais e provoca febres hemorrágicas,

O mais devastador surto de Ébola a nível mundial foi registado em março de 2014, na Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria.

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