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Presidente da NAV critica Governo e constrangimentos orçamentais

O presidente da NAV – Navegação Aérea de Portugal criticou hoje o Governo pelas dificuldades em equipar tecnologicamente a empresa e justificou com constrangimentos orçamentais a falta de recrutamento e dificuldades de planeamento e execução de escolhas estratégicas.

Na sessão de encerramento de uma conferência sobre navegação aérea, em Lisboa, Jorge Ponce Leão começou por indicar que ao longo do dia de hoje refletiu acerca da “crescente preocupação sobre a capacidade real da NAV” para responder aos desafios do setor, face ao “enquadramento institucional, regulamentar e jurídico-laboral” desta empresa.

Nas suas preocupações não estão as “competências, qualificações e empenho” dos colaboradores da NAV, mas sim o “condicionalismo em que atua a sua administração”.

Já que, acrescentou, como entidade público-empresarial e a “forma como as tutelas setorial e financeira têm exercido as suas competências têm dificultado – para benevolamente não utilizar a palavra impedido – a empresa de se equipar tecnologicamente, sem condicionamentos diplomáticos de natureza político-económica, sejam eles contrapartidas ou compromissos de circunstância”.

“As delongas do processo decisório, justificadas pelo referido enquadramento, potenciadas pelas dificuldades geradas pelos cenários de insegurança jurídica e a incerteza do tratamento pelas instâncias de fiscalização, prejudicam irremediavelmente a qualidade ou a eficácia da gestão”, assinalou, na sua intervenção.

Já as “restrições decorrentes da legislação do controlo orçamental” estão a “inviabilizar o recrutamento atempado e bem sucedido dos recursos humanos necessários, seja à operação, seja à manutenção e desenvolvimento do ‘know how’ [conhecimento] requerido pela prestação de serviços que lhe é exigida”.

Ponce Leão assinalou ainda as dificuldades colocadas ao “planeamento e execução das escolhas estratégicas, quer em termos de alianças, quer em termos tecnológicos, quer as políticas e procedimentos internos, que constituem outro fardo inultrapassável” que leva a um “desgaste acrescido, que rouba energias e legitima, mais uma vez, a inércia e a paralisação da gestão”.

Lusa

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