O presidente executivo da EDP, António Mexia, aproveitou o Dia do Investidor para tranquilizar os acionistas da empresa, numa altura em que o país devia estar a renegociar as “rendas excessivas” pagas à elétrica, conforme acordado com a troika. O antigo ministro dum Governo PSD considera que a estabilidade regulatória que o Executivo de Passos Coelho quer aplicar com um pacote de medidas será “importante” para Portugal, com a vantagem de não comprometer a posição “confortável” da EDP.
De entre essas medidas, salienta-se a ambição do Governo em limitar as subidas tarifárias em 1,5 por cento, acrescidas da inflação, evitando assim ter de renegociar as polémicas “rendas excessivas”. O cenário, que deverá vigorar até 2020, não desagrada ao dirigente principal da EDP. “Não vemos nas tarifas nenhum problema para a competitividade de Portugal”, assumiu.
António Mexia frisou ainda, durante o Dia do Investidor, que “os preços da energia para os consumidores industriais em Portugal são mais baixos do que em Espanha”, pelo que limitar as subidas tarifárias a 1,5 por cento ao ano irá de encontro às previsões para o resto da Europa.
“Partimos de uma posição confortável e temos uma situação sustentável”, destacou o presidente executivo da EDP, na apresentação ao mercado, antecipando uma queda de cerca de 50 milhões de euros por ano nas contas da empresa caso o Governo consiga contornar a negociação das “rendas excessivas” com o novo pacote de medidas para o setor elétrico.
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