Nas Notícias

Presidente da CIP: O país não se pode dar ao luxo de ter 35% de jovens no desemprego

CIP-SaraivaO ministro José Relvas recebeu esta tarde a CIP (Confederação Empresarial de Portugal), no âmbito dos encontros com os parceiros sociais para encontrar ideias para o combate ao desemprego jovem. O presidente da confederação, António Saraiva, apresentou um estudo no qual alerta para a necessidade de promover o crescimento económico.

Para fazer face ao crescimento do desemprego jovem, o presidente da CIP referiu que uma das soluções é a reafetação de verbas provenientes da União Europeia.

Depois da reunião com o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que está a coordenar a Comissão Interministerial de Criação de Emprego e Formação Jovem, António Saraiva disse que “vai ter que ser feita uma reafetação do QREN  1/8Quadro de Referência Estratégico Nacional 3/8”.

E acrescentou: “Ao contrário do que pensávamos, a União Europeia não irá disponibilizar uma verba destinada a este efeito”.
Por seu turno, o dirigente da CIP revelou que deixou ao ministro Miguel Relvas uma série de propostas para redução do desemprego jovem baseado não só no estudo da Confederação, bem como o compromisso para o crescimento competitividade e emprego, assinado em janeiro.

“Teremos de encontrar formas de reafetar o QREN, como nós aliás já vínhamos afirmando a algum tempo para o estímulo à economia”, disse António Saraiva, assumindo que “há um conjunto de verbas que foram lançadas e que as empresas não vão poder realizar investimentos” que podem ser transferidos para outras políticas.

O líder da CIP divulgou, ainda, que o Governo e os parceiros sociais vão realizar na próxima semana “reuniões de avaliação e de implementação de um conjunto de medidas que são prioritárias e que não podem ser deixadas no tempo”.
António Saraiva vai mais longe e afirma que “o país não se pode dar ao luxo de ter 35  por cento de jovens desempregados, a somar a uma população inativa de longa  duração”, pelo que a solução passa por crescimento económico.

De referir que Miguel Relvas havia chamado na segunda-feira os parceiros sociais (UGT, CGTP, CCP, CTP) e o Conselho Nacional da Juventude para receber propostas que dinamizem o emprego jovem em Portugal.

A Comissão Interministerial integra 12 secretários de Estado, entre  os quais o do Emprego, o da Administração Pública e o dos Assuntos Europeus.

Nas próximas semanas, Portugal vai receber a visita de uma “equipa de ação” da Comissão Europeia destinada a estudar a forma de utilizar fundos comunitários para reduzir o desemprego jovem. Trata-se de uma iniciativa lançada pelo presidente da Comissão, Durão Barroso, durante o Conselho Europeu de janeiro, e visa reduzir o desemprego jovem nos oito países da União com taxas mais elevadas. Na definição europeia da taxa de desemprego jovem, Grécia e Espanha têm as taxas mais altas, quase nos 50 por cento, e Portugal é o terceiro país com mais jovens desempregados, acima dos 35 por cento.

A Comissão liderada por Miguel Relvas deverá “enquadrar as políticas de juventude de uma forma global e articulada”, agilizar os mecanismos de apoio às PME, ao nível de fundos da União Europeia, de modo a “aumentar as oportunidades de emprego para os jovens”.

Em destaque

Subir