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Presidente cessante da Guiné-Bissau “afastou os ratos que comiam tudo”, diz apoiante

Isabel Marisa Serafim (texto), André Kosters (fotos) e Júlio de Oliveira (vídeo), da agência Lusa

Bissau, 22 nov 2019 (Lusa) – Centenas de apoiantes do Presidente cessante da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, esperaram hoje mais de quatro horas para manifestarem apoio ao candidato às presidenciais de domingo, que “afastou os ratos que comiam tudo”.

“O Jomav (nome pelo qual é conhecido José Mário Vaz) afastou os ratos que comiam tudo. Agora há dinheiro para pagar a todos”, disse Alfredo Gomes, antigo combatente pela independência do país.

Para Alfredo Gomes, José Mário Vaz é o “melhor Presidente” que a Guiné-Bissau teve e o seu “problema é não ter problemas com ninguém”.

“Jomav é ativo e gosta das famílias da Guiné-Bissau. Ele junta os guineenses”, acrescentou Fernando Ié, companheiro de armas de Alfredo Gomes, que falava à Lusa enquanto esperavam pelo comício que José Mário Vaz deu quinta-feira à noite em Biombo, a cerca de 50 quilómetros de Bissau.

Já a noite ia longa e depois de várias intervenções no comício foi a vez do conselheiro do régulo de Biombo, Joaquim Cá, vir dizer que “Jomav é trabalhador e também gosta das pessoas que trabalham”.

“Vou garantir a Jomav que vai ganhar as eleições, mas vou avisá-lo que o próximo ministro que roubar coisas do Estado tem de ir para a prisão”, disse o régulo de Siga, recebendo os aplausos da população que seguia atentamente a sua intervenção.

Depois de mais de meia dúzia de intervenções, intervaladas com momentos musicais, foi a vez do Presidente cessante da Guiné-Bissau dizer às pessoas que não precisa de ser apoiado por nenhum partido político.

“Vocês mostram que tenho gente”, disse.

Num curto discurso, José Mário Vaz afirmou que nos últimos cincos anos lhe fizeram “todo o tipo de provocações”, mas o que quer para a Guiné-Bissau é “paz e estabilidade”.

O Presidente cessante pediu também para votarem nele para continuar a “obra da paz e estabilidade”, mas também para fazer mudanças no país, que passam pela resolução de problemas como a segurança alimentar, educação e saúde.

“Temos de resolver o problema do arroz (base alimentar dos guineenses) e do caju (principal produto de exportação), porque assim resolvemos os problemas do país”, afirmou.

Mais de 760.000 eleitores guineenses são chamados domingo às urnas para eleger o próximo Presidente da Guiné-Bissau.

A campanha eleitoral termina hoje.

Lusa

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Lusa

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