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A preparação de Fernando Alonso para o ‘Mundial’ de Resistência

A uma semana do arranque da ‘super temporada’ do Campeonato do Mundo de Resistência (WEC), Fernando Alonso fala da sua preparação para as 24 Horas de Le Mans.

O Bicampeão do Mundo vai participar nas 6 Horas de Spa-Francorchamps como preparação para a grande clássica francesa que se realiza em junho, que é apenas parte de um esforço da equipa do Toyota TS050Hybrid # 8 durante toda a temporada, do qual fazem parte Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima.

A participação de Alonso nas 24 Horas de Daytona foi o início desta preparação para corridas de protótipos, ainda que tenha sido feita com um LMP2, o Ligier JS P217 Gibson da United Autosports. No entanto, e apesar das diferença para a classe maior do WEC, o espanhol ficou com uma noção exata do que é exigido numa prova tão longa.

“Foi uma grande ajuda. Em termos de estilo de condição, e porque se tratava de um LMP2, não foi muito semelhante ao que se exige com os sistemas híbridos, mas ajudou em na forma como abordar uma corrida de 24 horas, como dormir, como nos concentrarmos na corrida, a energia que se despende ao observar os tempos dos nossos companheiros de equipa. Às vezes é inútil, porque se perde energia que talvez se percise na hora 16 ou 17”, refere o piloto da McLaren.

Fernando Alonso sublinha no entanto a utilidade de Daytona para outras situações: “Foi útil para as mudanças de pilotos, para perceber como é correr no meio do tráfego e todas essas coisas. Uma coisa é o treino, e treinamos mudanças de pilotos e paragens nas noxes. Mas mesmo em Daytona, quando é preciso fazer uma paragem em condições em condições de corrida é diferente. A tensão é diferente, o stress é diferente, não apenas para os pilotos mas também para os mecânicos. É preciso trabalhar em equipa e ajudar toda a gente, e não pensarmos apenas em nós. Foi muito importante e foi o propósito de fazer Daytona. E julgo que será uma grande ajuda para Le Mans”.

Obviamente que o desafio da Toyota trouxe outros aspetos à preparação do espanhol para a corrida de La Sarthe, sendo que as 30 horas de simulação foram essenciais para perceber o que irá encontrar na corrida de junho: “Para já trata-se de uma grande equipa. Desde o primeiro dia percebi que ali estava um grande grupo de pessoas, que têm um trabalho muito produtivo, São uma grande equipa, que é difícil encontrar na F1. De cada vez que entrei no carro senti-me cada vez melhor. Os primeiros testes, mesmo com o banco, estava mais confortável do que com a performance. Foi um grande dia, mas agora é a altura de correr, por isso é ainda mais excitante”.

Alonso sempre encarou a possibilidade de fazer a temporada do WEC a tempo inteiro no próximo, apesar da possível colisão de datas com o calendário da F1, Le Mans poderá ajudar o piloto de Oviedo a decidir-se: “É uma possibilidade. Quem sabe? Penso que Le Mans não irá colidir, porque a mais recente política da FIA é de não haver colisão de datas entre as duas coisas. Por isso Le Mans é seguro. Penso que Sebring é cedo o suficiente para não coincidir com a F1, por isso também me parece seguro. Quanto a Spa no próximo ano, teremos de ver. Obviamente que Baku, Barcelona e esse tipo de corridas espero que não coincida”.

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