Mais largo e mais profundo, o Canal do Suez está maior, depois das obras que custaram 8000 milhões de euros. “É uma prenda para a Humanidade”, justificou o Presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, ao inaugurar a remodelação com… uma grande parada militar.

O Canal do Suez está, desde ontem, maior, depois das obras de ampliação que custaram ‘apenas’ cerca de 8000 milhões de euros.

O primeiro canal artificial do mundo, aberto há 145 anos, ficou mais largo e mais profundo, numa extensão de 37 quilómetros.

O canal principal ganhou também uma via secundária, com 35 quilómetros de comprimento, que vai aliviar o tráfego do Suez nos momentos de travessia por parte de navios gigantes, como os superpetroleiros e os grandes paquetes de luxo.

A remodelação vai permitir uma melhor navegação em ambos os sentidos e, em especial, uma redução no tempo da travessia, que agora demora menos sete horas.

“É uma prenda para a Humanidade, para a prosperidade e para a construção”, orgulhou-se o Presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, ao inaugurar a obra.

Na altura da festa, El-Sissi optou por uma demonstração de força e organizou uma grande parada militar, com vários vasos de guerra a atravessarem o ‘novo’ Canal do Suez.

A bordo do iate Al Mahrousa, o mesmo navio que inaugurou o canal em 1869, o Presidente egípcio vestiu o uniforme militar para demonstrar o empenho do país em trabalhar, em conjunto com a comunidade internacional, contra o terrorismo islâmico.

“O Egipo ergueu-se durante um ano contra a maior ameaça terrorista internacional, que queimaria o mundo se o pudesse. As obras não correram em circunstâncias normais, ainda continuam, estamos a lutar contra elas e vamos vencê-las”, garantiu Abdel-Fattah el-Sissi.

Ainda incerto é se a obra vai ter um resultado positivo na relação custo-benefício, em especial depois do orçamento ter atingido os cerca de 8000 milhões de euros.