Ciência

Prémios Nobel, cientistas e líderes empresariais defendem aposta europeia em I&D

Vários prémios Nobel, cientistas galardoados e mais de 40 líderes das maiores empresas europeias, incluindo um português, assinam uma carta conjunta pedindo ao poder político mais investigação e inovação na União Europeia (UE).

O líder da Sonae, Paulo Azevedo, é o único signatário português da carta, a que a agência Lusa teve acesso, que reúne 66 personalidades e na qual se apela aos governos dos países da UE que assumam como prioritários os investimentos na investigação e inovação, apoiando um plano ambicioso a este nível no próximo ciclo orçamental.

A missiva surge em antecipação ao Conselho Europeu de dezembro, onde os chefes de Estado e de governo da UE vão debater o próximo quadro financeiro plurianual a implementar entre 2021 e 2027, e foi promovida pela European Round Table of Industrialists (ERT), fórum que junta 55 presidentes executivos e não executivos das maiores multinacionais europeias.

Na carta conjunta pode ler-se que, num relatório de 2017 da Comissão Europeia, se apelava a uma duplicação do investimento em investigação e inovação, com um mínimo de 120 mil milhões de euros de financiamento, para fazer da UE “um verdadeiro pioneiro mundial”.

Para os signatários, só estabelecendo um sério compromisso orçamental, nomeadamente através do programa Horizonte Europa, a Europa será capaz de liderar o desenvolvimento de conhecimento e as empresas europeias terão maior capacidade para competir mundialmente.

Para o ‘chairman’ (presidente não executivo) e copresidente executivo da Sonae, Paulo Azevedo, “é muito importante que a sociedade e as empresas se unam na defesa daquilo que é verdadeiramente diferenciador para o futuro: a geração de conhecimento”.

“Só assim a UE poderá prosperar e criar quantidades crescentes de emprego da qualidade que todos desejamos”, sustenta o empresário português.

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