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Prémio Rafael Manzano é hoje entregue aos arquitetos portugueses Alberto Nunes e António Braga

O Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional, no valor de 50.000 euros, que distinguiu a obra dos arquitetos portugueses Alberto Castro Nunes e António Maria Braga, vai ser entregue hoje, em Madrid.

Considerado o maior prémio de arquitetura da Península Ibérica, é organizado pela International Network for Traditional Building Architecture and Urbanism (INTBAU).

Os arquitetos portugueses Alberto Castro Nunes e António Maria Braga foram premiados “pelo seu forte compromisso em preservar as tradições arquitetónicas portuguesas”, segundo anunciou a organização há uma semana.

“O uso de materiais naturais e técnicas de construção que moldam a identidade de cada lugar” nos projetos dos dois arquitetos também foi valorizado pelo júri internacional.

“As suas obras são caracterizadas por durabilidade, sustentabilidade e beleza. Cada uma constitui um verdadeiro manifesto de respeito pela cultura local, da recuperação do equilíbrio com a natureza e a dedicação à comunidade”, justificou o júri.

Entre as obras dos galardoados estão os Julgados de Paz de Vila Nova de Foz Côa, o Museu Arqueológico de Odrinhas, em Sintra, junto às ruínas romanas escavadas em torno da ermida de São Miguel, a Escola de Artes e Ofícios de Odrinhas e a sede da Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, entre outras.

Na terça-feira, em declarações à agência Lusa, em Lisboa, os dois arquitetos defenderam que “a melhor forma de fazer arquitetura é com materiais naturais, em pequena escala e integrada no ambiente”.

Críticos acérrimos do uso do betão na construção, os dois arquitetos portugueses advogam que “os materiais e técnicas tradicionais são uma resposta positiva à atual emergência climática climática”.

O Prémio Rafael Manzano é organizado pela rede INTBAU da Fundação do Príncipe de Gales e foi criado pelo filantropo norte-americano Richard H. Driehaus, que tem especial admiração pela arquitetura da Península ibérica.

Foi criado em Espanha, em 2012, e em 2017 foi instituído em Portugal através da parceria com a Fundação Serra Henriques, sob o Alto Patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Paralelamente, a The Richard H. Driehaus Charitable Lead Trust criou um concurso para apoiar a recuperação do património em pequenas localidades e um prémio para dar visibilidade a mestres e ofícios da construção tradicional.

Estas iniciativas já totalizam donativos na ordem dos dois milhões de euros, segundo a organização.

Hoje a entrega do prémio aos vencedores decorrerá na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, em Madrid, Espanha.

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