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Prémio Nobel da Paz entregue à União Europeia “é ilegal” e não respeita testamento de Alfred Nobel

uniao europeia2Gabinete Internacional da Paz entende que o Prémio Nobel entregue à União Europeia (UE) não é legal, nem respeita o testamento de Alfred Nobel, que predendia ver premiadas as instituições que mais fizesem pela “fraternidade dos povos” e pela “desmilitarização”. Pelo contrário, a UE trava guerras e usa a força militar. A Fundação Nobel não aceita estes argumentos e mantém o prémio.

De acordo com o Gabinete Internacional da Paz, que foi distinguido em 1910 com o Prémio Nobel da Paz, esta distinção que em 2012 foi entregue à UE não é legal, nem esta em consonância com os princípios que Alfred Nobel considerou, quando quis instituir estes prémios.

Segundo aquele gabinete, “a União Europeia não um dos campeões da paz, tal como Alfred Nobel idealizara e declarou no seu testamento”. Esta ideia foi transmitida à Fundação Nobel, numa carta enviada que, no entanto, não convenceu a entidade responsável pela entrega dos Prémios Nobel da Paz.

Por considerar ilegal aquela distinção, o Gabinete Internacional da Paz defende que a UE deveria devolver o valor monetário que recebeu pelo Comité Nobel, de cerca de 930 mil euros.

Esta entidade lembra que Alfred Nobel escreveu, no seu testamento, que deveriam receber o Prémio Nobel da Paz a pessoa ou instituição que “mais tenha feito” pela “fraternidade entre os povos, pela abolição e a redução dos exércitos permanentes e pela formação e difusão de conferências de paz”.

Ora, alega o Gabinete Internacional da Paz que a União Europeia não cumpre qualquer dos requisitos estabelecidos no testamento de Alfred Nobel, nem sequer procede à “desmilitarização” dos países e da própria entidade, nas suas relações internacionais.

Por outro lado, a segurança destes países da UE baseia-se na “força militar e nas guerras”, sem que se procurem “abordagens alternativas”. Desse ponto de vista, a União nunca poderia receber o Nobel da Paz.

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