Os preços dos combustíveis deverão continuar a subir, em consequência dos problemas que se vivem no Irão. As ameaças de embargo às exportações deste país e de bloqueio do estreito de Ormuz, se se concretizarem, levarão a uma subida do custo do gasóleo e da gasolina.

Caso se verifique este embargo, o preço dos combustíveis subirá, segundo perspetivam as associações do setor. O secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, António Comprido, em declarações à Lusa, reflete este receio, caso este embargo vá avante, assim como “as ameaças de bloqueio ao estreito de Ormuz”.

A crise na Zona Euro e as más relações entre Irão e as potências ocidentais também poderão refletir-se no custo dos combustíveis, com um inevitável aumento, provocado pela agitação dos mercados que as situações políticas transmitem.

Outro dado que não ajuda a travar o preço dos produtos petrolíferos é a valorização do dólar, face ao euro. Como o petróleo é negociado em dólares, a valorização desta moeda faz-se notar. Num cenário de dificuldades de resolução das dívidas soberanas da Zona Euro, perspetivam-se combustíveis mais caros nos próximos tempos.

“Gostaríamos que os mercados estabilizassem, a bem da economia. Mas, temos dúvidas”, sustentou também Virgílio Constantino, líder da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, que também coloca a tónica na agitação iraniana.

Estas questões económicas e políticas já se fizeram sentir, na semana em curso, com subidas que atingiram os quatro cêntimos no gasóleo e na gasolina, na Galp.