O Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 10,1 por cento e a venda de casas desceu 6,6 por cento no segundo trimestre de 2019, face ao período homólogo do ano anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
No segundo trimestre de 2019, o IPHab registou um aumento em termos homólogos, de 10,1 por cento, mais 0,9 pontos percentuais face ao observado no trimestre anterior.
As duas categorias de habitações (existentes e novas) registaram taxas de variação semelhantes no período em análise, fixando-se em 10,1 por cento e 10,3 por cento, respetivamente, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em relação ao trimestre anterior, o IPHab cresceu 3,2 por cento, sendo que o aumento dos preços foi mais intenso no caso das habitações novas (variação de 4,1 por cento), mais 1,1 pontos percentuais que o observado nas habitações existentes.
Nas habitações novas observou-se uma aceleração dos preços, tendo-se registado a taxa de variação mais elevada da série, de 10,3 por cento (6,0 por cento no 1.º trimestre de 2019).
No período em análise, a taxa de variação média anual do IPHab foi 9,3 por cento, menos 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior, sendo o quarto trimestre consecutivo em que esta taxa diminuiu em termos agregados.
As habitações existentes continuaram a apresentar uma taxa de variação acima da observada nas habitações novas (9,7 por cento e 7,6 por cento, respetivamente).
Os dados do INE revelam também que, entre abril e junho de 2019, foram transacionadas 42.590 habitações, o que representa uma redução de 6,6 por cento comparativamente com o segundo trimestre de 2018, sendo a primeira diminuição homóloga no número de transações observada desde o primeiro trimestre de 2013.
O valor das transações observadas neste período foi aproximadamente 6,1 mil milhões de euros, o que constitui uma redução homóloga de 1,9 por cento.
De entre as transações realizadas, 6.107 respeitaram a habitações novas, menos 9,4 por cento que no segundo trimestre de 2018, mas as vendas de habitações existentes continuaram a representar a maioria das transações (85,7 por cento do total), tendo atingido 36.483 unidades, valor inferior em 6,2 por cento face ao registo do mesmo período de 2018.
Entre março e junho de 2019, transacionaram-se 14.804 habitações na Área Metropolitana de Lisboa e 12.043 na região Norte, que no seu conjunto representaram 63,1 por cento do total de transações, a percentagem mais baixa desde o quarto trimestre de 2016.
O Algarve também apresentou uma redução na sua quota relativa regional (menos 0,3 pontos percentuais), com um total de 3.735 vendas.
Por outro lado, o Alentejo regista há cinco trimestres consecutivos um aumento das quotas relativas regionais, e a região Centro, o Alentejo, a Região Autónoma dos Açores e a Região Autónoma da Madeira registam a mesma tendência há três trimestres.
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