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Precários do Estado dizem que há dezenas de ex-estagiários por integrar

O Movimento Precários do Estado indicou hoje que há dezenas de ex-estagiários que não foram integrados nos quadros, dois anos após terem submetido o pedido no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP).

“Consideramos que é inaceitável que mais de dois anos depois da submissão do pedido de regularização do seu vínculo, ainda haja dezenas de ex-estagiários que esperam por ver a sua situação regularizada, ficando assim com a sua vida em ‘stand-by'”, avança em comunicado o movimento.

No documento, o Movimento Precários do Estado (PEPAC) lembra que a lei estabelece que o âmbito de regularização se refere aos “casos do exercício de funções ao abrigo de contratos de estágio (…) durante algum tempo nos três anos anteriores à data do início do procedimento concursal de regularização.”

Sendo assim, aqueles que terminaram o seu estágio em dezembro de 2016, e caso não seja aberto concurso até ao final do ano, “deixam de ser elegíveis para concorrer, apesar de terem obtido um parecer positivo da sua CAB [Comissão de Avaliação Bipartida]”.

O movimento acrescenta que a maioria dos ex-estagiários saíram dos seus postos de trabalho quanto terminaram o contrato, tendo os respetivos serviços e as CAB reconhecido que “estes ocuparam postos de trabalho necessários para a satisfação de necessidades permanentes, havendo assim postos de trabalho por ocupar”.

Em setembro, o movimento contactou a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) e a Secretaria de Estado da Administração e do Emprego Público com um pedido de esclarecimentos, mas não obteve resposta.

No comunicado, o movimento adianta que há ainda ex-estagiários “que estão a ver a sua integração bloqueada pelo Ministério da Saúde, uma vez que, exerceram funções, que pela sua natureza, correspondem à de Técnico Superior de Saúde, como por exemplo os psicólogos, nutricionistas e dietistas”.

“Porém, para o Ministério da Saúde, não cumprem os requisitos de ingresso na respetiva carreira”, afirma o movimento.

Também neste caso foi contactado o Ministério da Saúde, mas não houve resposta, avança a mesma fonte.

As candidaturas ao PREVPAP fecharam em novembro de 2017 e em causa estavam mais de 30 mil pedidos de trabalhadores precários que pretendiam ver a sua situação regularizada.

Em abril deste ano, o Governo anunciou que o número de trabalhadores precários da administração central e do setor empresarial do Estado com ‘luz verde’ para integração nos quadros totalizou 16.150, tendo sido recusados 6.281 requerimentos.

Ficaram ainda excluídos do PREVPAP 10.354 trabalhadores por não cumprirem os critérios.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: homePrecários

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