Ciência

Precários da ciência prometem fazer-se ouvir em encontro nacional em Lisboa

O encontro nacional Ciência 2019, iniciativa onde os cientistas portugueses são desafiados a falar e a mostrar o que fazem nos laboratórios, começa na segunda-feira com protestos dos investigadores precários.

O evento, organizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, entre outras entidades, decorre até quarta-feira no Centro de Congressos de Lisboa, onde os precários da ciência prometem voltar a protestar, dentro e fora de portas, indicou à Lusa a Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), que promove, a par de sindicatos, as ações de contestação.

Sob o lema “Pelo fim da precariedade laboral e pela dignificação das carreiras científicas”, os investigadores farão ouvir a sua voz na segunda-feira, na sessão inaugural, onde são aguardadas as intervenções do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro da Ciência, Manuel Heitor.

Na terça-feira, o protesto decorrerá no exterior do Centro de Congressos de Lisboa, repetindo o gesto feito no ano passado, no encontro Ciência 2018, onde Manuel Heitor foi posteriormente vaiado quando discursava na sessão de encerramento.

No último dia do encontro, na quarta-feira, os precários da ciência deslocam-se às galerias do parlamento, onde será debatido o Estado da Nação.

As ações visam reclamar a valorização da carreira de investigação científica, a substituição de bolsas por contratos efetivos de trabalho, a regularização dos vínculos laborais precários e o “reforço sustentado” do investimento público na ciência, com calendarização plurianual, sintetizou à Lusa a vice-presidente da ABIC Bárbara Carvalho.

No encontro nacional Ciência 2019 são esperados, ao longo de três dias, mais de quatro mil participantes, entre investigadores, empresários e alunos de doutoramento.

A iniciativa é organizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, em colaboração com a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e a comissão parlamentar de Educação e Ciência, contando com o apoio institucional do Governo através do ministro da Ciência.

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