“Aqueles que estão do outro lado [nas matas] são nossos irmãos e não inimigos. Nós, como Governo, estamos a trabalhar e eles [guerrilheiros da Renamo] vão entregar as armas na base da reconciliação e tolerância”, declarou o chefe de Estado.
Filipe Nyusi falava durante um comício em Sena, no distrito de Caia, província de Sofala, no centro de Moçambique, onde efetua uma visita de trabalho.
Para o Presidente de Moçambique é fundamental que, após a conclusão do processo negocial, a sociedade moçambicana receba o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) com “espírito de reconciliação”.
“Vamos viver juntos e sem discriminação”, frisou o chefe de Estado, acrescentando que a união é a condição para o desenvolvimento do país.
O Governo moçambicano e a Renamo continuam a negociar uma paz definitiva em Moçambique, tendo as partes previsto que até agosto, antes das eleições gerais de 15 de outubro, seja assinado um acordo de paz no país.
O esperado acordo entre as partes está, no entanto, sob ameaça com as recentes contestações de um grupo de militares da Renamo que exige a demissão do atual líder do partido, Ossufo Momade.
A autoproclamada Junta Militar da Renamo, que contesta a liderança partidária, ameaça com ações militares se o Governo moçambicano insistir em negociar com o presidente do partido e pede a intervenção da comunidade internacional no processo de paz.
As sextas eleições gerais em Moçambique estão previstas para 15 de outubro.
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