Nas Notícias

PR moçambicano quer resposta sem “contemplações” aos ataques armados em Cabo Delgado

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, exigiu hoje aos oficiais promovidos recentemente na Polícia moçambicana uma resposta sem “contemplações” aos ataques armados protagonizados por desconhecidos em Cabo Delgado, norte de Moçambique.

“Não pode haver contemplações perante quem assassina o povo moçambicano”, disse o chefe de Estado moçambicano, durante a cerimónia de atribuição de patentes de oficiais promovidos na Polícia da República de Moçambique (PRM).

Para o chefe de Estado moçambicano, é responsabilidade de cada membro das Forças de Defesa e Segurança garantir a segurança das populações de Cabo Delgado, que têm sido assassinadas e saqueadas por grupos desconhecidos desde outubro de 2017.

“Esta é a obrigação número um de cada comandante, há que acelerar a reversão desta situação”, acrescentou.

O reforço da disciplina é apontado pelo Presidente moçambicano como fundamental, principalmente num momento em que as Forças de Defesa e Segurança enfrentam “vários desafios”.

“Devemos reforçar a disciplina evitando que comportamentos menos corretos perturbem o bom nome que os jovens das Forças de Defesa e Segurança vem conquistando”, concluiu Nyusi.

Grupos armados até agora desconhecidos têm realizado atos de violência em vários distritos da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, desde outubro de 2017, tendo causado pelo menos 140 vítimas mortais, segundo dados oficiais.

Na cerimónia de hoje, Filipe Nyusi patenteou Alfredo Mussa e Domingos Francisco Jofane, que agora possuem a patente de primeiro-adjunto do comissário da Polícia, no escalão de oficiais generais, além de ter empossado Cristóvão Artur Chume, que passa a ser Comandante da Academia Militar Marechal Samora Machel.

As mudanças na polícia moçambicana acontecem num momento em que o Governo moçambicano (Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo) e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) estão em negociações e há um memorando assinado em agosto entre as partes, prevendo a integração no exército e na polícia de antigos guerrilheiros da maior força de oposição em Moçambique para o alcanece definitivo da paz.

Em destaque

Subir