O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu que o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, deve ser desarmado antes das eleições municipais de outubro, para que o escrutínio não decorra de forma condicionada.
“Fechamos o pacote de descentralização e temos que fazer o mesmo com os assuntos militares, porque estes dois processos andam juntos e não podem ser separados”, afirmou Filipe Nyusi, falando na terça-feira num encontro com jovens do distrito de Namarói, província da Zambézia, centro do país.
O chefe de Estado moçambicano assinalou ser urgente a conclusão das negociações com a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) para a paz no país.
“Do meu lado, há toda a vontade e espero que a nova liderança da Renamo perceba que há urgência no fim deste processo”, declarou Filipe Nyusi.
A população moçambicana, prosseguiu, deseja a estabilidade política e económica, para poder colher os frutos do aprofundamento do processo de descentralização.
A Assembleia da República de Moçambique aprovou em maio passado uma revisão pontual da Constituição da República para o aprofundamento da descentralização.
O documento resultou de um acordo entre Filipe Nyusi e o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no âmbito das negociações para a instauração de uma paz duradoura no país.
Depois da aprovação da revisão constitucional, continua pendente o desarmamento do braço militar da Renamo e a sua integração nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) ou reinserção na vida civil.
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