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PR de Cabo Verde anuncia que CPLP tenta desencadear ação de assistência a Moçambique

O Presidente da República de Cabo Verde anunciou hoje que a CPLP está a tentar desencadear uma ação de assistência a Moçambique, na sequência da passagem do ciclone Idai, que provocou pelo menos 84 vítimas mortais.

Na sua página na rede social Facebook, Jorge Carlos Fonseca, presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), escreveu que está a aguardar um contacto pessoal com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, mas que este “está difícil”.

O chefe de Estado cabo-verdiano revelou ainda que contactou o secretário executivo e homólogos da CPLP e que estes procuram “desencadear” uma ação de “mobilização e coordenação da assistência necessária e possível”.

“A tragédia humana em Moçambique toca-nos fundamente”, lê-se na mensagem de Jorge Carlos Fonseca.

Na sexta-feira, o chefe do Estado cabo-verdiano já tinha enviado uma mensagem de condolências e solidariedade ao Presidente de Moçambique por causa do ciclone Idaí.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou desde quinta-feira pelo menos 222 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos na segunda-feira.

Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade naqueles três países africanos.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o ciclone poderá ter provocado mais de mil mortos em Moçambique, estando confirmados atualmente 84.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

Estimativas iniciais do Governo de Maputo apontam para 600 mil pessoas afetadas, incluindo 260 mil crianças.

No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 82 mortos e 217 desaparecidos, bem como cerca de 1.600 casas e oito mil pessoas afetadas no distrito de Chimanimani, em Manicaland.

No Maláui, as estimativas do Governo apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos, com mais de 920 mil pessoas afetadas nos 14 distritos atingidos pelo ciclone, incluindo 460 mil crianças.

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