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PR angolano garante entrega de restos mortais de Jonas Savimbi na sexta-feira

O Presidente angolano, João Lourenço, garantiu hoje ao líder da UNITA que os restos mortais do fundador do maior partido da oposição angolana, Jonas Savimbi, serão entregues sexta-feira, na vila do Andulo, província do Bié.

Uma nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República refere que o chefe de Estado angolano recebeu hoje à tarde uma comitiva da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), encabeçada pelo seu presidente, Isaías Samakuva, e da família de Jonas Savimbi.

Segundo a mesma nota, a audiência – como também confirmou entretanto Isaías Samakuva – teve como propósito a procura de “uma saída airosa para o impasse surgido nas últimas quarenta e oito horas, relativamente à entrega dos restos mortais do Doutor Jonas Savimbi e o subsequente processo de inumação”.

De acordo com o documento, o funeral será realizado no sábado, como previsto, na localidade de Lopitanga, onde o executivo “criou todas as condições de natureza logística para que se façam presentes nos atos previstos para o Andulo e Lopitanga os membros da família de Jonas Savimbi e da direção da UNITA.

O impasse começou na terça-feira com o processo de entrega dos restos mortais de Jonas Savimbi, morto em combate em 22 de fevereiro de 2002, na província do Moxico e onde foi igualmente sepultado.

De acordo com a UNITA, os restos mortais deveriam ter sido entregues no Cuíto, província do Bié, onde foi concentrada toda a delegação e participantes no ato, enquanto o Governo anunciou que foram deixados no município do Andulo, também no Bié, mas no norte, numa unidade militar local.

Na ocasião, Samakuva considerou que a troca do local de entrega do corpo de Savimbi constituía “uma humilhação” para a família e para a UNITA, enquanto Pedro Sebastião, ministro de Estado e da Casa de Segurança do Presidente da República e coordenador da comissão responsável por este processo, acusou o partido de estar a querer tirar “dividendos políticos” da situação, garantindo que todos sabiam onde o Governo iria entregar os restos mortais.

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