Uma mensagem assinada pelo “povo alemão”, que compara Donald Trump a Adolf Hitler, provocou danos na campanha republicana e o autor, um alemão radicado nos EUA, garante ter recebido ameaças de morte.
A mensagem, que chegou às redes sociais na sexta-feira, ‘aconselha’ os norte-americanos a votarem em Donald Trump, cuja descrição também poderia ser aplicada ao infame ditador nazi Adolf Hitler.
“Votem no tipo que berra e que odeia minorias, ameaça prender os opositores, não liga à democracia e garante ser o único que pode resolver tudo sozinho. O que é que pode acontecer de mal? Boa sorte”, diz o texto, assinado por “O povo da Alemanha”.
Basta um mínimo de história para se saber que foi a Alemanha quem votou num político que berrava muito, que mandou prender (e assassinar) os opositores e transformou a democracia num ‘Reich’ submisso às ordens do ditador: chamava-se Adolf Hitler.
A mensagem não tardou a tornar-se viral, gerando uma forte reação da campanha republicana, que acusou o autor, Johan Franklin, de estar a trabalhar para Hillary Clinton.
Em resposta, este alemão radicado legalmente nos EUA (e provou-o com documentos) revelou que chegou a receber ameaças de morte.
Mas, afinal, o que levou Johan Franklin a partilhar esta mensagem em nome do “povo alemão”?
“Quando viajava para fora da Alemanha, perguntavam-me muitas vezes como é que o povo alemão tinha apoiado Hitler nos anos 30 e 40”, explicou: “Nos últimos tempos não me têm perguntado isso”.
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