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Post de deputado do PSD sobre incêndio na Grécia deixa esquerda indignada

Carlos Abreu Amorim usou as redes sociais para fazer uma analogia entre Portugal e a Grécia, numa altura em que um incêndio de grandes proporções espalhou morte em solo helénico. A esquerda não gostou e lamentou o post, que se multiplicou em diversos perfis, em forma de apoio ou reprovação.

“Em 2011 imitámos a bancarrota grega de 2010. Agora são os gregos que nos seguem na tragédia assassina dos incêndios descontrolados – muitas dezenas de mortos, autoridades a agirem sem tom nem som, populações abandonadas, enfim… Portugal não é a Grécia, dizia-se, e foi verdade durante alguns anos. Agora é mais difícil não voltar a reconhecer semelhanças indesejáveis”, escreveu Carlos Abreu Amorim, no Facebook.

O post multiplicou-se e gerou comentários antagónicos. Mas gerou também um fenómeno de partilha (em versão de imagem) por parte de alguns deputados de esquerda, entre os quais a bloquista Mariana Mortágua e a socialista Isabel Moreira.

“Gente que apoiou a chantagem e destruição do Estado grego às mãos das instituições europeias a fazer demagogia barata com a tragédia de um povo”, reagiu a deputada do Bloco de Esquerda, num comentário acompanhado por uma imagem do post de Carlos Abreu Amorim.

Isabel Moreira, parlamentar do PS, foi mais incisiva na crítica.

“É impossível descer mais baixo do que isto. É impossível”, escreveu.

O post transformou-se em discussão política, com opiniões díspares em milhares de perfis.

O fenómeno ganhou força, ao ponto de Carlos Abreu Amorim voltar à carga.

“Os ‘polícias dos costumes politicamente corretos’ querem ditar o que se pode escrever e lançam anátemas se não forem obedecidos. Determinam o sentido dos textos de que não gostam independentemente daquilo que lá está. Fazer um paralelismo entre a tragédia de hoje na Grécia e aquela que se abateu sobre nós em 2017 é um raciocínio óbvio. Não é aproveitamento. Não é empolamento. É assim”, assinalou o social-democrata.

O curioso nesta história é um facto insofismável: uma tragédia na Grécia originou um debate político, com a sombra de Pedrógão Grande e, ainda, as políticas de austeridade impostas pela troika, lá como cá.

Entretanto, o número de vítimas foi atualizado: 80 pessoas morreram nos incêndios.

Veja o post:

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