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Portugueses lideram equipas que procuram remédio para a sida

investigacao 210investigacaoOs investigadores portugueses lideram duas das quatro equipas do “HIVERA”, um consórcio que estuda os fármacos em busca de uma cura para o vírus da imunodeficiência humana. Miguel Castanho assume que o objetivo é tornar a medicação “mais eficaz”.

A luta contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla internacional), o retrovírus responsável pela síndrome da imunodeficiência adquirida (sida), passa pela investigação em Portugal.

Os cientistas portugueses lideram o consórcio “HIVERA”, um projeto orçado em 400 mil euros que envolve ainda França e Roménia. A investigação foi distribuída por quatro equipas, com duas deles a serem entregues a investigadores nacionais.

“Com a conclusão deste trabalho espera-se chegar mais longe na luta farmacológica contra a sida e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes através de medicação mais eficaz”, salientou Miguel Castanho, diretor de laboratório no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, entidade que lidera o “HIVERA”.

Em comunicado, o instituto explica que os cientistas vão analisar os fármacos existentes para tentar desenvolver uma abordagem farmacológica inovadora, uma vez que os atuais tratamentos antirretrovirais não são totalmente eficazes, apesar dos bons resultados na redução da mortalidade.

Portugal ficou responsável pelas equipas 1, que estudará a interação dos inibidores de fusão do HIV-1 e anticorpos anti-HIV com membranas de células, e 2, responsável pelo desenvolvimento de novos anticorpos contra o vírus e em ensaios de inibição da replicação do HIV-1.

A equipa 3 (França) vai caracterizar a ligação de moléculas a membranas e o impacto sobre o normal funcionamento dessas células, enquanto a equipa 4 (Roménia) vai analisar a dinâmica molecular e as técnicas biofísicas.

De acordo com os cientistas, será muito difícil antecipar que no final do projeto, daqui a três anos, exista um medicamento contra a sida. A meta será desenvolver uma nova combinação das substâncias ativas já existentes, mas cuja conjugação aumente a eficácia do tratamento.

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