A mensagem do primeiro-ministro Passos Coelho no Facebook suscitou uma reação de austeridade da maioria dos portugueses que comentam as novas medidas do Governo. Passos consegue cerca de 7100 ‘Gosto’ e provoca mais de 32 mil comentários, quase todos críticos.
Passos Coelho recorreu às redes sociais para justificar estas medidas de austeridade e criou um espaço de debate entre portugueses indignados (muitos) e alguns mais compreensivos (muito poucos).
A mensagem do primeiro-ministro no Facebook está a suscitar uma onda de repúdio, com mais de 32 400 mensagens, quase todas contra as opções do Governo e testemunhos de cidadãos desiludidos e desesperados.
Mais de 7100 pessoas clicaram no ‘Gosto’ (ao final da manhã desta segunda-feira), o que representa um número pouco expressivo, tendo em conta o alcance da página e a importância e mediatismo da comunicação.
E nesta comunicação no seu mural do Facebook Passos Coelho veste a pele do pai de família, retira o ‘fato e a gravata’, tentando colocar-se ao lado dos cidadãos. Escreve que fez “um dos discursos mais ingratos que um primeiro-ministro pode fazer” e sustenta que Portugal é “um exemplo de determinação”.
“Vejo todos os dias o quanto já estamos a trabalhar para corrigir os erros do passado, e a frustração de não poder poupar-nos a estes sacrifícios é apenas suplantada pelo orgulho que sinto em ver, uma vez mais, do que são feitos os Portugueses”, realça Passos Coelho.
Certo é que esta mensagem no Facebook suscita muitos comentários críticos, alguns dos quais irónicos, outros que comparam Passos a Sócrates. Há também que ache que o primeiro-ministro está a derramar “lágrimas de crocodilo”.
Alguns comentários lamentam o facto de o Governo atacar os trabalhadores e não aumentar impostos para o grande capital. Há quem defenda que Portugal “precisa de um novo 25 de Abril” e outros ‘amigos’ de Passos Coelho no Facebook que ilibam o atual executivo da crise.
Esta mensagem de Passos Coelho no Facebook permitiu sentir o pulso dos portugueses, relativamente à comunicação do primeiro-ministro na sexta-feira, onde foi anunciado um corte de rendimentos dos trabalhadores do setor público e do privado, bem como dos subsídios dos pensionistas.
Essa comunicação do primeiro-ministro suscitou críticas de Marcelo Rebelo de Sousa, no seu comentário semanal da TVI. Leia mais.