Ciência

Portuguesa infetada com duas variantes da covid-19 é caso único a nível mundial

Uma adolescente de 17 anos esteve infetada com duas variantes da covid-19, acusando positivo durante mais de três meses, um caso único a nível mundial.

A situação está a ser estudada por investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S) da Universidade do Porto, com a plataforma medRxiv a apresentar uma pré-publicação do artigo.

A adolescente testou positivo durante 97 dias e acusou duas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, não havendo qualquer relato científco de situação idêntica no resto do mundo.

A paciente começou a ser tratada em março, no Hospital de São João, no Porto. Apesar de ser uma pessoa saudável, teve de receber cuidados intensivos, começando a despertar a atenção dos médicos.

Após um período sem sintomas, regressaria ao hospital passados dois meses. Através da sequenciação genética, os médicos confirmaram que a infeção era de uma variante diferente da primeira.

Está ainda por esclarecer como as duas infeções ocorreram, embora os cientistas do I3S tenham concluído que, durante um período ainda não determinado, a adolescente teve as duas variantes em simultâneo.

Até agora, só foram notificados casos de reinfeção após uma primeira recuperação.

“Seja como for, co-infeção ou reinfeção – tendo em conta a possibilidade de que a imunidade impulsionada por uma variante específica do SARS-CoV-2 não protege contra outra variante, mas pode, em vez disso, conduzir a um padrão de doença mais grave -, é de extrema relevância na saúde pública”, frisaram os investigadores da I3S.

Ao longo de mais três meses, a adolescente fez 19 testes de diagnóstico PCR que acusaram positivo.

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